O Campeonato Mundial de Moto GP parecia ter relegado o espanhol Jorge Lorenzo ao modesto papel de coadjuvante de seu companheiro de Yamaha, o italiano Valentino Rossi. Uma série de problemas os mais diversos, desde o do capacete em Qatar na abertura do campeonato, à bronquite no GP dos Estados Unidos e ao erro na escolha dos pneus no GP da Argentina, tinham distanciado Lorenzo de nada menos que 29 pontos do líder Rossi.
Mas depois aconteceu a vitória no GP da Espanha e agora novo triunfo, no GP da França, o que lhe fez reduzir a distância de Rossi para 15 pontos. Ainda muitos, mas a fase atual de Lorenzo faz prever que esta diferença possa ser ainda mais reduzida nos próximos GPs, pelo que parece-me lógico afirmar que o maior adversário de Rossi na sua busca do décimo título mundial está… em casa!
Com isso não quero descartar o bi-campeão Marc Marquez, a grande sensação das duas últimas temporadas que, porém, teve vários problemas com sua Honda, mas a sensação é que Lorenzo voltou a ser o grande piloto que, largando na pole, dominava todos seus adversários com um ritmo alucinante. Enquanto Rossi tem tido seguidos problemas na provas de classificação, o que o obriga (como aconteceu domingo) a corridas de recuperação
A única dúvida que resta, ao menos por ora, é a chuva. Lorenzo ainda não demonstrou estar “curado” do receio que lhe advém da lembrança da queda sofrida em Assen, em 2013. No ano passado, por exemplo, a prudência o premiou em Aragon (onde venceu) mas o traiu em Valencia (onde abandonou). Se conseguir superar isso (e ninguém sabe, por outro lado, quantos GPs teremos com chuva este ano), a luta pelo título com Valentino Rossi será sensacional.
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