Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
Há quem diga que apenas três rodadas foram o bastante para derrubar Luxemburgo de seu cargo. Eu penso diferente, com um raciocínio projetado para um pouco mais distante, quando Muricy deixou o São Paulo. A partir disso, o treinador carioca mudou sua postura, dentro e fora dos gramados. Há pouco tempo, li a notícia de que ele não tinha realizado sequer um treino tático com sua equipe durante aquela semana; uma atitude de se estranhar, visto que o técnico é atraído por esse estilo de preparação.
Os resultados provam que após receber a sondagem do São Paulo, Luxemburgo não foi mais o mesmo: até o dia 07/04 — quando Muricy saiu do clube paulista — o Flamengo tinha doze vitórias, dois empates e apenas uma derrota, em jogos oficiais na temporada; após essa data, venceu apenas duas vezes, empatou três e perdeu outras três partidas, sendo que uma delas resultou na eliminação rubro-negra no Campeonato Carioca. Coincidência ou não, é uma questão para ser analisada com os olhos bem abertos.
O fato é que a diretoria se sentiu pressionada e incomodada a ponto de dispensar o treinador em função de todas as declarações omitidas por ele para a imprensa, comentando e agradecendo as sondagens do Tricolor. Soma-se a isso a sequência de resultados ruins e, a partir disso, vemos que o treinador não ficaria por muito tempo.
Se a diretoria da Gávea fez bem ou ao demitir Luxemburgo, eu não sei; mas qualquer presidente gostaria de ter um treinador que estivesse cem porcento focado no seu clube.