Hamilton e Raikkonen foram os grandes vencedores e Rosberg e Vettel os derrotados neste GP da Bahrein que antecede o início da fase europeia do campeonato. Isto numa extrema síntese, pois a corrida teve muitos outros fatos interessantes que merecem uma mais longa análise posterior.
Hamilton conseguiu tirar o máximo rendimento de sua Mercedes, ainda uma vez o melhor carro, e deixar bem claro que Rosberg será seu fiel escudeiro até o fim do campeonato que o vê cada vez mais como grande favorito para um novo título mundial.
Por seu lado, Raikkonen, que tinha ouvido do diretor da Ferrari, Arrivabene, a singela resposta: “a renovação de seu contrato depende do que você fizer nas pistas”, fez o máximo a seu alcance. Após o ultimo pit-stop, Raikkonen meteu pressão em Rosberg, que estava à sua frente com uma confortável vantagem, e acabou obrigando-o, no final, a cometer um clamoroso erro que lhe abriu as portas do segundo lugar. O máximo que está Ferrari poderia conseguir, por sinal.
Quanto aos derrotados, as situações são bem distintas. Rosberg perdeu para si mesmo, e não tem com quem reclamar. Vettel perdeu as chances de pódio para problemas mecânicos e dois erros surprendentemente cometidos por um piloto que até então não tinha errado, o que o obrigou a uma parada extra para trocar o aerofólio dianteiro. E o quinto lugar, atrás de Bottas, foi o máximo que conseguiu, pois o motor da Mercedes, sobretudo nas saídas de curva, dava ao finlandês aqueles metros de vantagens suficientes para impedir uma tentativa de ultrapassagem.
Quanto aos brasileiros, foi total a falta de sorte de Massa, obrigado a largar da pit-lane por um defeito mecânico verificado antes da largada e assim mesmo autor de uma bela recuperação. Enquanto isso, Nasr ratificou a positiva expectativa que temos dele neste seu primeiro ano de mundial com uma corrida atenta e criteriosa.