Os dois dias de treinos para o GP de Bahrein esclareceram várias coisas que merecem um exame detalhado.
A primeira é que a Mercedes continua sendo o melhor carro, embora sem a clamorosa superioridade mostrada no ano passado, o que, em determinadas condições (calor, chuva, safety-car demorado, etc), pode determinar uma interessante luta pela vitória. A adversária é a Ferrari, que progrediu enormemente em relação a 2014 e que hoje é a segunda força do campeonato.
A segunda consideração é que a Williams é a terceira força do campeonato, à frente da Red Bull, e que a Sauber progrediu bastante, merecendo um bom destaque no grupo intermediário.
A terceira anotação diz respeito à McLaren que, como era lógico esperar, vem tendo muitos problemas com o motor Honda neste seu primeiro ano de colaboração. Mas que deixa entrever chances de progresso a médio prazo.
Quanto aos pilotos, ficou claro que Hamilton é o nº 1 da Mercedes e, para mim, favorito para a conquista do mundial. Ele conseguiu sair-se muito bem da polêmica provocada por Rosberg e psicologicamente enfraqueceu o rival.
Na Ferrari, pelo contrário, há certo equilíbrio entre Vettel e Raikkonen, embora o alemão tenha mostrado maior continuidade, evitando os altos e baixos de seu companheiro. E na Williams é muito interessante a luta entre Massa e Bottas, com o brasileiro levando globalmente certa vantagem sobre o finlandês.
Um comentário especial deve ser dedicado a Nasr que, nesta sua temporada de estréia, vem superando as expectativas, deixando em aberto a possibilidade de uma brilhante carreira.