A quase certa presença de Fernando Alonso no próximo GP, o da Malásia, não pode fazer esquecer o que aconteceu até agora e o clima de difidência que já se estabeleceu entre o piloto e seu chefe, Ron Dennis, acusado por Alonso de não ter-lhe dado o apoio necessário por ocasião do acidente. Ron Dennis preferiu resguardar o interesse do construtor japonês, que era o elemento mais diretamente indicado como responsável pela descarga elétrica que teria provocado o desmaio do piloto, a admitir que a Honda pode ter tido um problema com seu motor. Coisa até lógica se pensarmos que a Honda começou a estudar esta “power-unit” bem após os demais concorrentes, e pode ter tido problemas.
De qualquer forma, Alonso, que tem uma personalidade forte e exige sempre ser tratado como o número 1, está vivendo um momento difícil, aumentado pela constatação que seu caminho na McLaren-Honda afigura-se bem mais difícil do que o de Vettel na Ferrari. E deve estar se interrogando sobre seu futuro, bem sabendo que esta temporada e as duas próximas serão provavelmente as últimas que o destino lhe reservou para tentar chegar a seu terceiro título mundial.