Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
Na tarde desta quinta-feira, o Brasil teve um grande teste frente à França em sua caminhada à Copa América. Na etapa inicial, a Seleção Brasileira se atrapalhava com sua própria formação tática: jogava com apenas um atacante – Neymar – e este, muitas vezes, ficava longe de seus companheiros para trabalhar a bola no campo de ataque. Em função disso, o time de Dunga tinha muita dificuldade para penetrar na área do adversário, ainda mais quando se tem do outro lado Verane e Sakho como dupla de zaga central.
Tratava-se de um jogo memorável àquele da final de 98, pois foi realizado no mesmo palco daquela decisão. A França abriu o placar de forma tradicional, contando com a falha de todo sistema defensivo verde-amarelo. Após isso, o Brasil sentiu o gol e seguiu com dificuldades para armar contra-ataques e furar o bloqueio francês. Conseguiu quando o setor de criação se aproximou dos homens de frente – além de contar com a sorte – para empatar o jogo. Ademais, cada bola alçada na área brasileira era uma jogada perigosa, tanto que no começo da partida Jefferson fez milagre após a cabeçada de Benzema. Este, mais tarde, ainda perdeu um gol cara a cara com o goleiro depois de receber um lançamento sozinho.
Ir para o intervalo com o placar empatado era muito bom para o Brasil. A conversa de Dunga com os jogadores deu mais do que certo. A seleção voltou com os mesmos atletas; mas com uma postura mudada. Controlava o jogo de modo mais organizado, com Elias e Luiz Gustavo marcando forte no meio de campo e com o volante do Corinthians fazendo boas subidas, apesar de estar jogando um pouco mais recuado do que está acostumado. Ele fez uma excelente partida e estará brigando com Fernandinho pela titularidade na Copa América.
Com o time todo organizado e a posse de bola controlada, não demorou para a virada sair. Foi com Neymar, em um balaço de perna esquerda. Mais tarde, Luiz Gustavo testou firme para confirmar a vitória brasileira. Dunga só mexeu no time depois dos 30′ da etapa final, um sinal de que gostou do que viu e de seu esquema com Firmino como homem de frente.
O Brasil tirou a invencibilidade da França no Stade de France e segue invicto com Dunga e o próximo desafio será frente ao Chile, no domingo.