Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
No aniversário de 450 anos do Rio de Janeiro, o Botafogo comemorou bastante no Maracanã, que contava com quase cinquenta mil torcedores. Agora, a equipe da Estrela Solitária segue isolada na liderança do Carioca com 19 pontos, enquanto o rubro-negro permanece com 14, ocupando a quinta colocação.
Quanto ao duelo, o primeiro tempo foi morno. O Flamengo tinha mais volume de jogo e ameaçava; mas não levava perigo. Já o Botafogo, buscava compactar seu sistema defensivo e tinha dificuldade para marcar Gabriel e Marcelo Cirino, esta principal alternativa do time de Luxemburgo. O alvinegro, por sua vez, melhorou com a entrada de Sassá na vaga de Diego Jardel; porém as duas equipes foram para o intervalo sem marcar.
A etapa complementar foi mais movimentada, com chances para os dois lados. Conforme o Flamengo ganhava mais volume, o Botafogo era mais objetivo. Criou as chances mais claras, com Jobson, Thiago Carleto carimbando a trave após bela cobrança de falta e, também, com o balaço de longa distância de Tomas, que contou com a sorte e a falta de reação de Paulo Victor, decretando o triunfo alvinegro no Maracanã.
Em comparação ao Botafogo, o Flamengo tem o elenco mais pronto. Manteve o treinador e boas peças do elenco. O alvinegro ainda passa por um momento de reestruturação em razão da difícil temporada que terá. Em função disso, tudo poderia acabar em festa para o torcedor flamenguista, pois não se tratava apenas do aniversário da Cidade Maravilhosa; mas, também, da despedida de um grande ídolo. O que Léo Moura fez no Flamengo, poucos fizeram, e a história que o lateral escreveu com a camisa do clube jamais será esquecida. Todavia já dizia a profecia do futebol: “Em clássico, o favoritismo não existe”.
A vitória dá para o Botafogo a confiança de que tanto precisava para seguir firme na liderança do campeonato e começar o ano com o pé direito.