Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
Na noite desta quinta-feira o Internacional venceu a Universidad de Chile e algumas deficiências da equipe colorada ficaram muito claras para mim. Aguirre precisa urgentemente solidificar o setor de marcação. Hoje, o lado esquerdo protegido por Fabrício era por onde a equipe chilena mais buscava criar jogadas de perigo em razão do lateral não estar atuando bem no apoio da marcação. Não é atoa que o único gol dos visitantes saiu por esse mesmo lado. Ademais, poderiam ter balançado as redes em outras oportunidades: a primeira em uma bola que explodiu no travessão de Alisson, ainda na primeira etapa, e em um contra-ataque de três contra dois, o avante chileno estava totalmente livre de marcação pelo lado direito do ataque; mas a jogada foi anulada pela defesa do time da casa.
O duelo era nervoso e muito aberto, poderia ser de muitos gols caso os ataques não pecassem tanto. Além disso, o setor de criação é muito dependente das jogadas de D’Alessandro. Faltava alguém na primeira etapa (período mais tenso do Internacional na partida) que pudesse trabalhar com passes verticais, deixando o companheiro em boas condições para marcar – a opção seria Alex, que foi acionado na etapa complementar.
A partida foi caracterizada pelo grande número de cartões amarelos para o time chileno. A arbirtragem não foi ruim; todavia houve um pênalti escandaloso sobre vitinho que um árbitro que possui o distintivo com o nome FIFA no peito, não poderia deixar de ter marcado.
Apesar da boa vitória por 3-1, vejo o Internacional em situação semelhante à do São Paulo. Ainda precisa mostrar toda a sua competitividade no torneio e marcar pelo menos dez pontos para assegurar a classificação à próxima fase.