Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
Os grandes iniciaram o Campeonato Paulista com tranquilidade e todos tiveram um fator comum em seus respectivos jogos: anotaram três gols no placar.
São Paulo e Santos enfrentaram seus algozes do ano passado. O primeiro viajou a Penápolis e Luís Fabiano foi a personagem principal desse duelo. Marcou pela ducentésima vez com a camisa tricolor e agora faltam apenas 42 para alcançar a meta de Serginho Chulapa. Quanto ao jogo, vitória tranquila, pois a equipe da casa jogava na base do contra-ataque e o São Paulo jogava com inteligência mantendo boa posse de bola no campo de defesa do adversário.
O Santos recebeu o Ituano na Vila Belmiro e o que não faltou nesse duelo foram golaços. Geuvânio e Chiquinho, em seus gols, pegaram na bola com rara felicidade e deram brilho à noite. O Ituano, com o futebol muito diferente daquele do ano passado, só chegou a assustar o goleiro Vladimir em um lance no qual a bola carimbou a trave, na etapa inicial.
O Corinthians jogou em sua arena contra o Marília e também não levou sustos. Jadson, havia entrado em algumas partidas da pré-temporada esbanjando boa técnica e correspondendo às orientações do professor Tite. Em Itaquera não foi diferente e as expectativas que a Fiel vem criando sobre o camisa 10 para essa temporada aos poucos ficam positivas.
Uma derrota que viria mais cedo ou mais tarde
Na noite do domingo o Brasil sub-20 enfrentou a Argentina no hexagonal final e saiu derrotado por 2-0, com os gols marcados apenas no fim da etapa complementar, e o desastre só não foi maior porque o artilheiro Simeone perdeu um gol inacreditável quase em cima da linha.
A Seleção Brasileira era nervosa e totalmente insegura. O time inteiro seguia com as mesmas deficiências dos jogos passados: a defesa cede muito espaço para o adversário, enquanto o meio de campo depende bastante de Gerson para criar jogadas e o ataque pouco assusta. O meia do Fluminense é o maior destaque do Brasil na competição, era o melhor dessa partida e foi substituído por Nathan por pura opção tática de Gallo, a qual ainda não entendi. No ataque, era evidente que tinha um enorme espaço vazio desde o circulo central ao goleiro argentino. Locais que poderiam ser preenchidos tanto por meias ou atacantes. Muitas vezes era possível observar três ou quatro jogadores no mesmo lado do campo, deixando o meio totalmente vazio. Ou seja, faltava orientação técnica de Gallo, que se esgoelava em gritar: “MARCA, MARCA, MARCA!”.
Foi a pior apresentação do Brasil até agora e ainda está ameaçado de ficar de fora do Mundial. Está na quarta colocação do grupo e volto a repetir: parece que não tiraram nenhum aprendizado da vexatória eliminação do sul-americano do ano passado.