Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
Vamos começar relembrando a semana do Corinthians: na quarta-feira (04/02) teve uma vitória importantíssima sobre o Once Caldas por 4-0; no sábado (07/02), eleições à presidência do clube, vencida por Roberto de Andrade; no domingo (08/02), o clássico diante do Palmeiras, no Allianz Parque, que terminou com o triunfo alvinegro por 1-0; no jogo de volta, em Manizales, o empate de 1-1 que garantiu a classificação do time Timão. Em suma, o Corinthians fechou uma semana difícil de forma muito positiva.
Frente ao Once Caldas, o Corinthians pareceu entrar em campo com a mesma proposta que tinha no segundo tempo do duelo diante do Palmeiras: trocar passes e segurar o jogo; mas o ritmo lento adotado pelo time de Tite era em função da altitude de Manizales de 2.150 metros. O Timão abriu o placar com Elias e manteve a estratégia. O Once Caldas já aparentava desânimo, sem forças para reagir, pois a partir daquele momento precisava marcar seis gols para conquistar a vaga na fase de grupos. No fim da primeira etapa, após bela troca de passes, Fagner esteve cara-a-cara com goleiro e desperdiçou a chance de fechar o caixão colombiano.
O Once Caldas iniciou o duelo com quatro atacantes, mas foi apenas nos primeiros minutos da etapa complementar que o time colombiano pressionou o Corinthians. Era uma blitz. Ralf assustara ao cabecear a bola contra o próprio patrimônio e no lance seguinte aliviou toda torcida alvinegra ao salvar em cima da linha. Cássio, um dos melhores da partida, não parava de trabalhar e, aos 12′, o Once Caldas empatou. O primeiro gol sofrido pelo Corinthians no ano em partidas oficiais.
Chances dos dois lados apareciam e as duas equipes pecavam bastante na hora de finalizar. Apenas restou ao Corinthians apenas administrar o resultado e sair com uma bela vitória de 5-1 no placar agregado.
O Corinthians mostrou ser uma equipe paciente e muito competitiva. Me agrada o novo estilo, com as linhas muito próximas e com passes velozes. Agora, o próximo desafio será diante do São Paulo, em Itaquera, na quarta-feira de cinzas e não poderá contar com Guerrero, suspenso por três jogos.
Por fim, não consigo entender o que dá na cabeça de um ser humano para estampar uma enorme faixa na torcida, que diz: “HOLOCAUSTO NORTE ZONA ONCE”. Uma vergonha tanto da parte da torcida, quanto daqueles que não impuseram autoridade para sacar as vexatórias palavras e até dos que não puniram o clube ainda.