Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
No próximo dia 4, o Palmeiras estreará na Copa do Brasil. Até lá, alguns setores do esquema de Oswaldo de Oliveira devem ser observados com muita atenção.
O principal é o meio de campo. Hoje assisti ao jogo frente ao Penapolense e percebi que já está passando da hora do treinador realizar alguns grandes testes. O alviverde tem jogado com um tradicional e interessante 4-2-3-1 bem encaixado às características dos membros do elenco; mas que funciona da melhor maneira apenas quando se utiliza as peças certas.
A dupla de volantes era Gabriel e Robinho, que deram estabilidade à equipe na marcação; porém o Palmeiras jogava diante de uma equipe muito mal organizada e tecnicamente inferior. Portanto, para mim, era uma boa oportunidade para testar o Arouca por alguns minutos, pois é um jogador que irá fortalecer a marcação e deixar o time mais solto para atacar. Além disso, esse esquema tático contribui para a chegada do famigerado “homem surpresa”, papel que seria muito bem desempenhado pelo volante.
Prestei muita atenção nas jogadas de ataque do Palmeiras e vi que a maioria que levava perigo surgia de lances pelos lados do campo, principalmente com Dudu. Acredito que não terá trabalho na estreia na Copa do Brasil frente ao Vitória da Conquista, mas é necessário que o alviverde chegue pronto para disputar a competição. É importante, desde já, que arrume logo o setor de criação, que mais tarde poderá ser preenchido por Arouca, Zé Roberto, Valdívia, Cleiton Xavier, Allione e muitos outros. São boas e interessantes opções, mas pelo menos um modelo competitivo desse setor – que é o mais importante – já deveria estar definido.
Quanto ao jogo de hoje, super tranquilo para equipe da capital. Praticamente o duelo todo foi de uma equipe só. Não venceu por uma vantagem maior porque Dudu desperdiçara uma penalidade no travessão. Um grande ponto positivo tirado dessa partida é a boa fase de Cristaldo, que balançou as redes duas vezes e já é nome garantido na equipe titular, deixando Leandro e Rafael Marques no banco. Ademais, no fim da partida Oswaldo sacou o camisa 9 de campo e experimentou jogar com dois atacantes. Quem sabe o 4-2-3-1 não possa alternar com um 4-4-2, com dois homens na criação? Seria interessante.