Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
No próximo domingo, dia 25, aniversário da cidade de São Paulo, teremos a grande final da Copinha, que terá como principais protagonistas Corinthians e Botafogo de Ribeirão Preto, no Pacaembu.
Na noite de ontem, assistindo ao clássico Corinthians x São Paulo, percebi que não basta ter apenas boa qualidade técnica para chegarem à final, mas também ter um bom condicionamento físico. As duas equipes jogaram na terça-feira, descansaram na quarta-feira e voltaram a duelar na noite de ontem. Uma característica que não esteve presente apenas no dérbi, mas em todas as partidas do torneio é a seguinte: o jogador recebe a bola e parte com velocidade em direção à meta adversária. Quando ele passa a redonda, geralmente é para um companheiro que está a sua frente. Em suma, o time não fica com a posse da bola por mais de 15 segundos e, assim, o jogo que fica corrido exige muito da condição física do atleta, pois este não para de correr atrás da bola, e o nível da qualidade técnica, que não podemos exigir as melhores dessa molecada, acaba caindo. Aos 16′ da etapa inicial, o lateral esquerdo do Corinthians, Guilherme Arana, colocou a redonda no chão e começou a trocar passes no campo de defesa do adversário. Foi o primeiro e raro momento de tranquilidade e frieza ofensiva no jogo.
Além disso, me chamou muita atenção a função tática do atacante Tocantins, que ja fora utilizado por Mano Menezes, sem um posicionamento fixo e com forte auxílio na marcação, lembrando o papel que Tardelli exercia no Atlético-MG.
Por fim, o resultado foi justíssimo. São Paulo pecou muito na marcação e a defesa cedia muitos espaços para o ataque alvinegro. Nos contra-ataques, o Corinthians era superior. Enfim, os erros infantis da zaga são-paulina somados ao bom condicionamento físico dos atletas do Timão, decretaram o grande triunfo do alvinegro.