Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
Aconteceu o que todos esperavam: o Real Madrid é o campeão mundial. Como eu já havia dito em um post anterior, a inteligência do San Lorenzo deveria ser superior à técnica para conseguir um surpreendente resultado positivo; mas o que aconteceu na primeira etapa ficou longe disso. Os argentinos prevaleceram a catimba; se preocuparam mais em não deixar o Real Madrid jogar do que colocar a bola no chão e trocar passes. A consequência disso foi ir para o intervalo perdendo apenas de 1-0 e sofrer o segundo gol aos 5’da etapa complementar, após um clamoroso frango do arqueiro argentino. Os merengues não fizeram mais até aí, porque jogavam em ritmo de treino tático.
A partir dos 20′, o jogou mudou, pois o San Lorenzo adiantou a marcação, fez os espanhóis recuarem e trocou passes no campo de defesa do adversário. Pressionou e equilibrou a partida. Nos dez minutos finais, obrigou Casillas a sujar o uniforme. O goleiro que completou 700 jogos com a camisa do Madrid, espalmou duas bolas e ainda viu outra passar muito perto de sua meta. Em suma, se o San Lorenzo jogasse de forma mais objetiva desde o início, como fez na última metade do segundo tempo, teríamos um jogo mais interessante; mas quando começou a jogar com inteligência, já era tarde.
Sergio Ramos, marcou nos dois duelos do torneio, fez boas atuações e, desse modo, recebeu com méritos a bola de ouro. Cristiano Ronaldo não fez o que muitos esperavam, não balançou as redes em nenhum dos jogos e levou a prata, mas se não se chamasse assim, um grande candidato ao prêmio seria Kroos. Por outro lado, o português teve um ano excepcional: somou 61 gols e, com a conquista do Mundial, levantou todas as taças possíveis com a camisa do Real Madrid, mesmo feito que teve com a camisa do Manchester United.