O inglês Lewis Hamilton deu mais um importante passo rumo ao título mundial, que, aliás, seria amplamente merecido, ao obter o segundo lugar no GP do Brasil, atrás do vencedor Nico Rosberg. Isto numa corrida em que, nas voltas finais, ficou várias vezes em condições de tentar a disputa direta pela vitória. Mas inteligentemente não o fez, pois seria certamente uma manobra arriscada, capaz de alijar os dois carros da prova. O que, por sinal, ofereceria num prato dourado a vitória a Felipe Massa, autor de um belo fim de semana, ratificando os prognósticos de que subiria ao pódio, como efetivamente fez.
Agora a Hamilton, caso Rosberg vença também o GP de Abu Dahbi, no próximo dia 23, será suficiente obter mais um segundo lugar para conquistar o título, o que o coloca numa posição bastante tranquila se levarmos em consideração a superioridade técnica da Mercedes em relação às demais equipes e a confiabilidade de seus carros.
A corrida proporcionou alguns momentos pitorescos, como Massa, em seu último pit stop encostando, inadvertidamente, no box da McLaren antes de continuar até o seguinte, que era o da Williams. Ou alguns pit-stops com problemas para a correta fixação de rodas. No todo, porém, nada que tivesse tido peso decisivo no desfecho da corrida.
Taticamente observou-se uma diversidade de opções entre as diversas equipes, e até mesmo dentro de uma mesma equipe. Como fez a Ferrari, em que Raikkonen foi para 2 pit-stops e Alonso para 3, proporcionando uma interessante luta entre os dois pilotos nas voltas finais em que o espanhol acabou superando o finlandês.
Por fim, merecem aplausos as modificações introduzidas em vários pontos do circuito, além do cuidado com o asfalto, o que permitiu usar, ao contrário do passado, pneus médios e macios, estes últimos apresentando uma desgaste muito acelerado e um pouco imprevisto.