Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
O STJD está deixando o futebol cada vez mais chato. Tem tirado todo o brilho do que acontece no campo para levar as atenções ao tribunal. Após o episódio do tapetão que resultou na queda da Portuguesa para a Serie B, clubes têm deixado de brigar por resultados positivos dentro de campo, para recorrer ao órgão, como aconteceu quando Internacional e Grêmio se uniram no julgamento que podia resultar na perda de quatro pontos do Corinthians. Hoje, qualquer coisa é motivo para julgamento, até o cachorro que invade o campo pode prejudicar o clube mandante com uma possível multa entre R$200 e R$2000.
Caso Herverton foi apenas uma das maiores vergonhas do futebol. Um prelúdio para as futuras competições que, provavelmente, não serão totalmente decididas em campo. Medidas tomadas como a exclusão do Grêmio da Copa do Brasil, por causa das injúrias raciais que partiram das arquibancadas, chegam a ser compreensíveis, tendo em vista o grau da atrocidade cometida pela torcida, esta que é uma extensão do clube.
Está na moda entrar com recursos, situação vergonhosa para o considerado País do Futebol. Com ou sem clubismo dentro do tribunal, as decisões são vexatórias. A briga no campo acabou, a disputa fica por conta do STJD e vence quem tiver o melhor advogado.