Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
Foi tão emocionante quanto já era esperado. O Atlético-MG deu um passo importantíssimo em sua caminhada ao título da Copa do Brasil e agora está praticamente com uma mão na taça. Isso porque teve a façanha de abrir dois gols de vantagem sobre o Cruzeiro, podendo perder até por 1-0 e, consequentemente, levantaria o caneco.
O início de jogo não causou nenhuma surpresa. O Cruzeiro era agressivo no ataque e o Atlético-MG também atacava. Este fora mais eficiente. Marcou com Luan, de cabeça, gol irregular, difícil de se marcar, mas quem tem o distintivo FIFA no peito não pode errar um lance desses, ainda mais por se tratar de uma final nacional. A Raposa procurou não se abater e seguiu buscando a meta de Victor. Não era apenas uma decisão, era um clássico e visto que em dérbis o número de faltas chega a ser exagerado, neste a lealdade predominou em campo, assim como a tensão, mas isso é normal.
Para a etapa final, Nilton voltou no lugar de Lucas Silva e deu resultado. O time celeste era mais perigoso em relação ao primeiro tempo, mas foi até Dátolo ampliar a partida. A partir disso o Atlético-MG passou a dominar a partida, o meio de campo era sólido e os contra-ataques eram rápidos, quase mortais. Me chamava a atenção o fato do Cruzeiro estar atrás do placar e enfeitando jogadas no setor defensivo, errava por causa disso e, por sorte, o Galo não fez o terceiro; poderia, mais tarde, mas Tardelli desperdiçou em cima de Fábio.
Após as eliminações de Corinthians e Flamengo, são poucos os que tem coragem de arriscar algum palpite para decisão no Mineirão. Em minha opinião, ainda está em aberto, pois será outro jogo, outro ambiente, outra torcida. A postura do Cruzeiro será diferente. Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart não renderam hoje, quem sabe no próximo jogo? A arbitragem teve interferência no resultado, por não marcar o impedimento em Luan e um possível pênalti (aquele que só existe no Brasil) que favorecia o time visitante – vai dar muito o que falar.
Hoje comemora o torcedor que estava do lado de dentro e de fora do Independência. Merecida a vitória do Atlético-MG, fez valer o mando de campo e provou que apostou bem em levar o primeiro jogo para o Horto. Jogou como uma equipe que merece ser campeã, pela surpreendente campanha que fez. Mas a lógica de que em clássico não existe favorito ainda prevalece.