Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
O sábado nos proporcionou bons e interessantes jogos, tanto aqui no Brasil como também na Inglaterra. Assisti aos duelos de Vasco x Icasa, Internacional x Atlético-MG, Manchester City x Swansea e Arsenal x Manchester United. Pela Serie B, vimos um Maracanã lotado, o torcedor fazia festa para o Cruz Maltino retornar à Serie A. Na primeira etapa, Kleber abriu o placar e na segunda Nilson empatou. No último segundo de jogo, os cariocas levaram um grande susto, quando a bola tirou tinta da trave de Martin Silva. Um resultado medíocre, digno de um futebol pífio da equipe que se apequenou muito nos últimos anos e que conseguiu a classificação com um mísero terceiro lugar. As vaias que saíram de parte significativa da torcida, que o chamava de “time sem vergonha”, são os maiores reflexos de um clube que precisa (urgentemente) de mudanças para seguir na divisão de elite. Terá sob nova direção Eurico Miranda, que chega para colocar ordem na casa. Se a situação seguir como está no próximo ano, continuará alternando: uma temporada na Serie A, outra na B.
No Beira-Rio, Internacional e Atlético-MG foram protagonistas de um confronto direto, valendo vaga no G-4. Um jogo coberto de emoções do início ao fim. Os mandantes abriram o placar com Rafael Moura após bela jogada de Jorge Henrique; mas nem deu tempo de comemorar, pois um minuto depois o juiz acertou ao marcar um pênalti, que fora muito bem convertido por Dodô. Arbitragem também gerou discussões: acertou este penal e errou ao não marcar outro, quando Gilberto esticou os dois braços para a bola. Na etapa complementar, Rafael Moura entrou na pequena área e finalizou de um jeito incrível! Não sei se ele chutou ou se foi o vento que levou a bola às mão de Victor, de tão fraco que foi. Perdeu a chance de matar o jogo. No penúltimo minuto, o Galo B teve um impedimento equivocadamente marcado, que deixaria Daniel de cara com o gol. Na sequência, Fabrício decretou a vitória colorada, que ascendeu o time à terceira colocação da tabela.
Pelo Campeonato Inglês – ou Premiere League; fica a seu gosto, caro leitor – vi Yaya Touré jogar da mesma forma em que atuava na temporada passada e decidir na vitória do Manchester City sobre o Swansea, por 2-1. Na primeira etapa, o marfinense esteve discreto; já na segunda, foi importantíssimo, pois marcou o segundo gol, após belo passe de calcanhar de Fernandinho, e foi ele quem ditou o ritmo da partida nos minutos finais, trabalhando a bola com qualidade no meio de campo. Não é atoa que foi eleito o homem da partida.
O clássico inglês aconteceu no Emirates Stadium e os mandantes começaram indo totalmente ao ataque. Como nos últimos jogos, o Arsenal avança muito e tem dificuldades para matar o jogo, o que tem sido crucial nos resultados. Quanto aos Diabos Vermelhos, pouco contato temos com a equipe de Rooney, Di Maria, Van Persie, Falcao e cia, pois o Manchester United só atua pelo campeonato nacional nessa temporada. Hoje vi um time desfalcado, principalmente na defesa, setor que demonstrava pouco entrosamento quando errava nas saídas de bola. O placar na primeira etapa poderia ser maior, mas os Gunners pecavam nas finalizações, todas em cima de De Gea; e este, que jogava no sacrifício, se posicionava muito bem e fez defesas importantes. Di Maria dava a velocidade necessária pelo lado direito Fellaini jogou como se estivesse na seleção belga; me agradou, pois teve papel importantíssimo taticamente, faz uma temporada excelente e participou dos dois gols do United. O primeiro deveria ter sido anulado pelo assistente, mas quando este resolveu erguer a bandeira, anulou (de modo absurdamente equivocado) o lance em que Rooney poderia sair de cara com o goleiro. Por fim, o Manchester aproveitou as lesões de Szczesny e Wilshere e foi mais eficiente que o Arsenal. Resultado de 2-0 totalmente merecido.