Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
A noite desta quarta-feira proporcionou três bons espetáculos para o torcedor brasileiro. Cruzeiro foi até a Vila Belmiro ter o jogo de volta contra o Santos. O primeiro duelo nos apresentou um Cruzeiro muito ligado e ofensivo na primeira etapa, embora na segunda mostrou que o Santos também tinha boas condições de ir à final do torneio, características estas que serviram de prévias para o duelo desta noite. Realmente foi. Com muitos jogadores de velocidade dos dois lados, o jogo foi veloz, lá e cá, pau a pau. No início, o Santos marcava o primeiro e incendiava o caldeirão. Depois recuou, viu o Cruzeiro pressionar e sofreu o gol de empate. A partida passou a ficar mais equilibrada, o nervosismo não tomava conta somente dos jogadores, mas também do árbitro que marcou – de forma equivocada – uma penalidade a favor do Santos e muito bem convertida pelo jovem Gabriel. Na volta do vestiário, a equipe de Robinho voltou na mesma pilha do primeiro tempo e marcou o belo gol em ótima jogada coletiva do ataque santista. Tudo parecia que o Santos já estava com um pé na final, mas a estrela de Willian, que brilhara no jogo de ida, teve destaque no fim do duelo. O atacante aproveitou a desatenção do sistema coletivo para diminuir no placar e, mais tarde, fez outro que decretou a classificação para a finalíssima.
Quem disse que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar? Sim, aconteceu de novo, igualzinho. Após sofrer uma derrota de 2-0 no Maracanã frente ao Flamengo, o Atlético-MG emplacou, de forma surpreendente e histórica, 4-1 para a tristeza de Luxemburgo. Os cariocas estiveram fechados desde o início do jogo. Aguentavam a pressão atleticana e abriram o marcador, mas a partir desse momento que o Galo mostrou toda a sua eficiência e ainda virou o jogo no primeiro tempo. Na etapa final não foi diferente. Seguiu no ataque tentando furar o bloqueio rubro-negro, que aceitou. Quando o jogo já estava 3-1 para o time da casa, a tensão aumentava a cada segundo que passava em Belo Horizonte. Dos pés de Luan, quase na casa dos 40′, saiu o gol da classificação. Victor ainda fez dois milagres no final da partida, para mexer com os nervos do torcedor do clube mineiro.
Pela sul-americana, o São Paulo enfrentou o Emelec e, como eu já havia mencionado, seria um jogo de extrema dificuldade para o São Paulo, que oscilou bastante no jogo de ida e voltou a apresentar os mesmos erros no segundo confronto. A pressão equatoriana era evidente, tanto partindo da torcida, quanto dos jogadores. Também foi um duelo eletrizante e dramático. Nos segundos iniciais de partida já estava 1-0 para o Emelec. Mais tarde o São Paulo conseguiu acordar e foi capaz de se reorganizar para virar o placar. No segundo tempo, foi surpreendido pelo time da casa e sofreu dois gols em sete minutos, ambos de penalidade. No fim, a saída tricolor era afastar a bola de toda maneira, pois sofria intensa pressão.
Cruzeiro e Atlético-MG farão uma histórica final mineira e provaram que Minas Gerais possui os elencos mais eficientes do futebol nacional. A determinação do Galo foi totalmente fundamental para a sua grande campanha. Podemos afirmar que a noite de hoje foi a mais emocionante do ano.