Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
O Brasil de Dunga não terminou o ano de forma brilhante. Em sua última partida em 2014, a Seleção Brasileira teve como adversário uma Áustria bem postada taticamente, fechada no meio de campo, sem dar muitos espaços ao time brasileiro, este que apresentou dificuldades para criar no primeiro tempo, sendo forçado a finalizar de longa distância e apostar no erro europeu.
Quanto ao sistema tático brasileiro para o princípio do confronto era o mesmo do duelo passado frente à Turquia, mas vale fazer alguns comentários: Luiz Adriano tinha mais liberdade, buscou se movimentar mais hoje, pois diante dos turcos esteve neutralizado durante toda a partida por causa do esquema tático do oponente; Oscar e Willian abertos pelas laterais, o primeiro ficava na esquerda cobrindo apenas aquele setor e o segundo era mais solto, caía para o meio, fazia a diagonal no ataque e voltava para marcar; aos 38′, os dois trocaram de posições e Oscar passou a fazer a função que era de Willian. Não mudou muita coisa.
Mudou quando Luiz Adriano e Willian deram lugar à Firmino e Douglas Costa. David Luiz balançou o barbante – não sei como o árbitro não viu o escandaloso puxão – e depois, na única falha de Filipe Luís na defesa, Oscar fez pênalti. Como eu disse no último texto, seria muito difícil o Brasil sair desse jogo sem sofrer gols, pois bem… No fim, Firmino fez valer a aposta de Dunga, deu a todos os brasileiros o seu cartão de apresentação e finalizou como se estivesse atuando pelo Hoffenheim: uma bomba de 93km/h, sem chances para o goleiro. Já nos acréscimos, o Brasil parecia desesperado, catimbava, queria ver o tempo correr, rifava bolas…
Esperava mais da Seleção Brasileira. Foi um bom teste, porque encarou uma seleção pronta com um time já entrosado, mas teve dificuldades. Luiz Adriano apareceu pouco. Dunga sacou Casemiro do banco para o lugar de Fernandinho, quando o placar era de 1-1, e ainda não entendi o porque dessa alteração. Queria ver Talisca sendo testado, mas ele não entrou em nenhum dos jogos. Enfim, poderia ter terminado o ano melhor.