Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
Neste mês de setembro estarei na Europa e os comentários de futebol serão de autoria do meu jovem e talentoso colega Maurício Santos. Espero que os apreciem e até outubro. Carsughi.
A crise do Palmeiras, que teve seu apogeu após sofrer uma clamorosa goleada de 6-0 frente ao Goiás, construiu um cenário inquietante, pois ninguém parece saber ao certo o que fazer.
Posso destacar alguns pontos que contribuem com o péssimo momento do clube. A começar pelos jogadores que hoje entram em campo um tanto assustados e, a meu ver, todo o grupo tem uma grande dependência ofensiva, principalmente da presença de Valdívia, este que fora infantilmente expulso diante do Flamengo, não tem substituto à altura no elenco e que, quando está ausente, reduz, e muito, o que o time consegue realizar em termos de criação. O técnico Dorival Jr tenta em vão modificar o esquema de jogo, mas até agora só viu sua defesa enfraquecer e seu ataque causar raivas ou risos. Por fim, o fator principal: os dirigentes, que mesmo sem muita disponibilidade de caixa, deixaram que fossem embora Barcos, Henrique e Kardec, e fizeram mais de 30 contratações que até agora surtiram resultados negativos.
Não há como comparar esse Palmeiras com o da Primeira Academia de Ademir e cia, ou então, da era Parmalat, vitoriosa na década de 1990. O Palmeiras de hoje está muito longe disso e, sim, é possível afirmar que é um dos piores times da história. Caiu em 2012 e o nível do elenco se manteve: uma equipe cuja a qual conquista a série B, mas briga pra se salvar na série A. Apenas o reflexo de uma má administração.
Ainda pode se manter na divisão principal, mas pelo futebol de seus rivais, que é muito ruim. A queda seria um merecimento para a equipe alviverde, por todo o seu péssimo planejamento e que hoje vive apenas das lembranças das glórias do passado. O que fazer nesta altura para resolver a crise, no fundo ninguém ao certo sabe. Talvez uma prece, pois os próximos confrontos serão considerados diretos, diante de equipes que também brigam para escapar da degola e clássicos frente aos times que estão na zona de conforto.
Confira: