O GP de Cingapura apresentou um belo espetáculo, com uma sensacional ultrapassagem final de Hamilton sobre Vettel e a decepção de Rosberg, praticamente obrigado a assistir, antes de dentro da pista e depois do box, à vitória de seu companheiro e rival, que o superou na classificação do campeonato. Isto no momento em que sorte e falta de sorte dos dois adversários dos pilotos da Mercedes se igualaram e produziram uma situação que promete luta direta até o final deste mundial.
A superioridade da Mercedes sobre as demais equipes não pode ser posta em discussão, mas fica também evidente que às vezes ela também sofre problemas técnicos, como aconteceu neste domingo com Rosberg. Desde antes da largada e depois na corrida, quando Rosberg levou nada menos que 5 voltas para superar o penúltimo, o modesto Chilton. E fica também claro que a Red Bull está melhorando, graças ao contínuo trabalho de afinamento do carro, em que pese o fato da unidade motora não poder ser modificada, por causa do regulamento.
As voltas finais mostraram, para a Red Bull, uma tática feliz e uma conduta de equipe que mostrou a obediência de Ricciardo, não atacando Vettel, embora mecanicamente pudesse faze-lo pois tinha pneus em melhor estado. Mas como tinha Alonso grudado atrás, ultrapassar Vettel teria forçosamente significado oferecer a Alonso uma clara oportunidade de fazer o mesmo e perder assim a possibilidade de realizar uma importantíssima – e, sem a entrada do safety-car claramente impossível – dobradinha no pódio.
Mais para trás, a luta entre Ferrari e Williams, que estão disputando o terceiro lugar na Taça dos Construtores, encerrou-se desta vez em favor da turma do Cavallino. Mas, uma vez mais, com a decisiva participação de Alonso, que está recebendo garantias da Ferrari de importantes mudanças na sua equipe técnica, para poder ter, a médio prazo, um carro realmente competitivo e assim ficar, sem problemas, na atual equipe, rechaçando as importantes ofertas que vem recebendo.
Falando em equipes, vale destacar que, uma vez mais, também Massa revelou-se ser, no momento, o melhor piloto da Williams, seu quinto lugar, se comparado à classificação de Bottas e somado ao que aconteceu nos treinos, sendo extremamente claro a respeito.
Somando-se então tudo o que vimos em Cingapura, fica a impressão de que o próximo GP, o do Japão, no circuito de Suzuka, deverá ser extremamente interessante.