Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
Neste mês de setembro estarei na Europa e os comentários de futebol serão de autoria do meu jovem e talentoso colega Maurício Santos. Espero que os apreciem e até outubro. Carsughi.
A rodada do fim de semana nos proporcionou bons jogos, dos quais os resultados tiveram grande influência na tabela, tanto para quem briga por vaga na Libertadores quanto a quem ainda busca a salvação na serie A. Lá em cima, na disputa do G-4, o Corinthians foi a Curitiba encarar o Atlético-PR e saiu derrotado. Teve maior posse da bola durante o jogo, mas finalizou muito pouco. Na etapa final apostou na maior parte do tempo em bolas alçadas à área e, quando concluía, faltava qualidade. O bom Malcom dava grande mobilidade e velocidade ao ataque alvinegro, mas não tinha precisão na hora de arriscar ao gol. O coletivo não estava bem, faltou um jogador que pudesse trabalhar melhor a bola no meio de campo, que criasse boas jogadas e deixasse o companheiro de cara com o gol. Dependeu da individualidade de seus atletas mas alguns estiveram mal, como Guerrero. Com a derrota, o Corinthians cai mais uma vez, ocupa a sétima colocação da tabela e se distancia do G-4. Quem aproveitou, e muito bem, a vaga do time alvinegro foi o Atlético, que venceu o Vitória em casa em ótima apresentação de Tardelli provando o bom momento que vive.
Na parte de baixo da tabela, lutando para não cair no ano do centenário, o Palmeiras enfrentou o Figueirense no Orlando Scarpelli e o dito popular “Quem não faz, toma” representou uma verdade absoluta nesse jogo. O Palmeiras esteve bem na primeira etapa, abriu o placar e parecia fazer uma de suas melhores apresentações nesse campeonato, até Valdívia ficar de cara com o gol vazio e ter uma atitude incompetente que interferiu, e muito, para o resultado da partida. O Palmeiras tem um time ruim e por isso não pode perder gols. Já havia desperdiçado chances no início da segunda etapa, mas esse de Valdívia foi o cúmulo Palmeirense. Se o camisa 10 tivesse balançado a rede no momento oportuno, o time alviverde poderia administrar resultado com tranquilidade, teria uma marcação mais forte, a equipe ficaria mais compactada e não sofreria três gols em quatro minutos e quarenta segundos, como aconteceu. Outra personagem da partida foi Deola, que errou na reposição de bola, da qual resultou em um gol do adversário, e falhou no terceiro gol. O Palmeiras ainda sofre com seus goleiros, pois não há nenhum no elenco que dê total segurança para o time e também à torcida. O Figueirense abria o meio de campo e o Palmeiras não aproveitava. Resumo da obra: venceu quem menos errou.
Dentre os quatro paulistas da competição, apenas o Santos venceu na rodada e agora mantém vivo o sonho de uma vaga para a Libertadores. O time alvinegro não teve dificuldades para criar chances contra o frágil sistema defensivo do Goiás. O principal destaque da partida foi o quinteto de arbitragem comandado por Héber Roberto Lopes, que praticamente definiu o rumo do confronto. O ótimo sistema que fora utilizado na Copa do Mundo cujo o qual há um chip inserido na bola, que indica quando a bola cruzou a linha, fez muita falta no lance em que o arbitro auxiliar que atrás do gol não enxergou que a bola claramente havia entrado. Em caso de acerto, Goiás poderia ter brigado pelo menos pelo empate.
A rodada deixou a briga do G-4 mais acirrada, com uma pequena diferença de pontos entres as equipes que estão na disputa. Na zona de rebaixamento não é diferente, o que nos dá indícios de um campeonato muito disputado, coberto de emoções e que, provavelmente, terá decisões apenas na última rodada.