Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
Neste mês de setembro estarei na Europa e os comentários de futebol serão de autoria do meu jovem e talentoso colega Maurício Santos. Espero que os apreciem e até outubro. Carsughi.
Na tarde desta terça-feira, o campeonato espanhol nos proporcionou um belo jogo e fez com que adquiríssemos bons olhares para a equipe do Real Madrid, que goleou o Elche por 5-1. No fim de semana, estufou as redes do La Coruña oito vezes e também é válido lembrar que fizera cinco gols diante do Basel pela Liga dos Campeões. Tudo bem que não estamos falando de adversários de grande expressão no futebol mundial, mas dezoito gols em três jogos, média de seis gols por duelo, é resultado de um belíssimo ataque, do qual qualidade é o que não falta e que conta com nada mais do que o melhor do mundo.
Por mais que a equipe seja uma máquina de fazer gols, ela tem seus “poréns”, principalmente no setor de marcação, pois não será fácil para Ancelotti encontrar a maneira ideal de jogar com Kross na vaga de Xabi Alonso e de James Rodriguez no lugar de Di María. Os novos reforços são jogadores excepcionais, mas não são substitutos naturais para os que saíram. Além disso, o Real tem um sério problema no gol, com Casillas, que apenas esquentou o banco na partida frente ao Elche, pressionado, vaiado, esculhambado e já além de seu melhor momento. O rodízio é natural, segundo Ancelotti, mas é sempre simbólico que o capitão vá à reserva pouco depois dos protestos vindo da arquibancada. Com a expectativa que cerca o ótimo Navas, contratado pela grande Copa que fez, Casillas pode perder espaço.
Nenhum contraponto chega a tirar o favoritismo do time merengue de levantar o caneco da Liga dos Campeões pela segunda vez seguida, fato inédito na história da competição desde que passou a ter a presença não apenas dos campeões de cada pais mas também de outros times classificados a seguir nos respectivos campeonatos nacionais. É uma equipe que, mesmo diante de adversários visivelmente inferiores em termos técnicos, não deixa de buscar o gol e provou que tem prazer em golear. Dá gosto de ver uma equipe assim.