Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
Neste mês de setembro estarei na Europa e os comentários de futebol serão de autoria do meu jovem e talentoso colega Maurício Santos. Espero que os apreciem e até outubro. Carsughi.
Após o fiasco da Copa do Mundo, o Brasil voltou a campo diante da Colômbia e, dessa vez, com Dunga no comando e um esquema tático diferente do qual já estávamos acostumados, sem um atacante de referência. Dentre os titulares que disputaram o Mundial, apenas Maicon, David Luiz, Luiz Gustavo, Oscar e Neymar iniciaram a partida.
No início do primeiro tempo, tivemos uma grande movimentação dos jogadores de ataque, pressionando a saída de bola colombiana, mas isso foi durante os primeiros minutos de jogo, pois, logo depois, o trio de arbitragem se tornava um dos protagonistas da partida. Fraco, incompetente para um Brasil x Colômbia e, muitas vezes, confuso. Exagerou no número de cartões amarelos (cinco), e estes tiveram influência no jogo, principalmente logo aos 3′ da etapa complementar, em que Cuadrado foi expulso. Além disso, se equivocou ao anular um gol legítimo de Tardelli.
Quanto ao Brasil, foi possível notar algumas semelhanças e diferenças em relação à equipe da Copa. Semelhança em que os volantes ainda apresentavam erros de marcação e cediam muito espaço no meio de campo, facilitando o chute de fora da área do adversário. Em outras palavras, Brasil ficava sem saída de bola por um volante que subia muito o posicionamento e um que afundava. Por outro lado, as diferenças começam pelo sistema tático adotado por Dunga: 4-2-3-1 sem um centroavante fixo. Um dos destaques do jogo, Tardelli deu velocidade no ataque, iniciou os lances aberto, criou espaços, se movimentou, foi inteligente. Os laterais estavam mais compactos na defesa, o que a deixou mais sólida.
Por fim, o golaço de falta de Neymar foi o diferencial na partida, já que o Brasil teve dificuldade para criar chances claras de gol. A vitória foi importante pois mostrou a nova cara da era Dunga. Taticamente falando, a seleção parecia mais responsável, em comparação com o time da Copa. Vejo esse time com bons olhos, pois tiveram apenas três dias de trabalho e, pelo pouco tempo de preparação, ainda é cedo para fazermos grandes cobranças. Próximo desafio do Brasil será diante do Equador, na próxima terça-feira, em Nova Jersey.