Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
Neste mês de setembro estarei na Europa e os comentários de futebol serão de autoria do meu jovem e talentoso colega Maurício Santos. Espero que os apreciem e até outubro. Carsughi.
Na noite da última sexta-feira (5), o Brasil venceu a Colômbia por 1-0 com uma equipe bem mudada. Dunga evoluiu um pouco taticamente desde sua primeira passagem pela Seleção e de sua saída do Internacional, convocou oito jogadores que estiveram presentes na Copa e apenas cinco iniciaram a partida como titulares. Apesar de não ter sido uma vasta renovação, o novo técnico corrigiu problemas, porém nem todos, deu a sua cara ao time e demonstrou conhecer bem seus convocados O esquema inicial de Dunga foi 4-2-3-1, muito parecido com de sua primeira passagem, mas com mais talento nas posições e maior dinâmica entre os homens de frente. Num primeiro momento, o maior diferencial do treinador com relação a Felipão foi escalar os atletas nas funções às quais se sentem mais à vontade. Willian, que era o meia aberto pela direita, também jogava centralizado, dando auxílio aos volantes na transição suprindo a necessidade de ligar o setor de defesa com o de meio de campo, evitando a ligação direta, que chegara a ser irritante no Mundial.
Oscar, que terminou a Copa jogando pela direita, voltou a atuar no centro, onde, na minha opinião, ele rende mais. Diante dos colombianos o meia não teve grande brilhantismo e a fase do camisa 11 realmente não é das melhores. Assim, a discussão agora não é mais onde ele deve ser escalado, e, sim, se ele deve continuar como titular, pois com Phillippe Coutinho se destacando no Liverpool, a disputa pela vaga fica mais intensa.
Neymar e Tardelli estavam mais leves e deram mais velocidade no ataque, principalmente o atacante do Atlético-MG, que demostrou grande comprometimento com a marcação e deu maior mobilidade na frente, porém o único problema é que a distância dificulta a recomposição do camisa 9, deixando o setor vazio em muitas ocasiões. Assim justifica-se a importância de Luiz Gustavo como primeiro volante, pois a necessidade de cobertura por parte dos volantes é maior. A vitória do Brasil repercutiu por todo o mundo de maneira positiva. “O Brasil, que debutou com triunfo no segundo ciclo do treinador Carlos Dunga, mostrou mais ordem no meio-campo, mas faltou ritmo. Só a genialidade de Neymar superou um rival com dez em campo”, afirmou o catalão “Mundo Deportivo”. O jornal britânico “Telegraph” também comentou o triunfo do atacante: “Neymar marcou seu primeiro jogo como capitão fazendo o único gol do Brasil na vitória por 1 a 0 sobre a Colômbia em Miami”. O Português “A Bola” disse que o camisa 10 envergou a braçadeira de capitão e marcou de forma incrível em cobrança de falta.
Na próxima terça-feira, o Brasil enfrentará o Equador. Agora a equipe terá mais tempo para corrigir os erros da partida diante dos colombianos e acertar o entrosamento. Pelo o que já foi apresentado, espero bons resultados nessa fase de testes de Dunga.