Dunga abriu o jogo e sua convocação para os dois amistosos a serem realizados em começo de setembro é indicativo de algumas linhas mestras do trabalho que pretende realizar no comando da seleção.
Assim pode-se pensar, ao menos num primeiro momento, que não teremos na seleção um centroavante fixo, tipo Fred, mas que a equipe vai buscar o gol através de uma manobra coletiva, de forma a levar cada vez à conclusão da jogada um jogador diverso.
Por outro lado vários jogadores que ainda não tinham tido muito espaço na seleção vão ter uma chance real. Assim entendem-se as convocações de Philippe Coutinho, que vem tendo uma boa trajetória no Liverpool, de Everton Ribeiro e Ricardo Goulart, ambos do Cruzeiro líder do campeonato brasileiro, de Tardelli, do Atlético mineiro, de Miranda, de ótima campanha no Atletico Madrid e curiosamente ignorado por Scolari, de Marquinhos, do PSG, da dupla Alex Sandro e Danilo, do Porto e do eficiente goleiro Rafael, agora titular do Napoli.
Naturalmente isto não significa que todos eles serão forçosamente aproveitados em futuras convocações, mas representa o início de uma fase de estudos e experiências em que, em teoria, não deveriam ser cobrados resultados mas apenas bom futebol. Infelizmente paciência é o que não existe em qualquer trabalho à frente da seleção, e assim sendo Dunga terá que conciliar experiências e resultados, sobretudo visando as eliminatórias da próxima Copa do Mundo. Pelo que apenas podemos desejar muita sorte e bom trabalho ao novo técnico.