A Copa do Brasil tem um fascínio todo especial, embora com a formula de jogos de ida e volta tenha reduzido bastante a chance de resultados clamorosos como, pelo contrário, acontece nos países onde a disputa é feita através um jogo único. E, em vários, com a sede do jogo determinada pior sorteio. Coisa que às vezes leva um modesto time amador à semifinal, ou mesmo final, da Copa e o torna, por um momento, a sensação de todo um país.
Por aqui, contudo, às vezes as surpresas clamorosas, aquelas que ninguém tem coragem de prever, acabam acontecendo. E neste meio de semana as tivemos em dose dupla, em Morumbi e em Maracanã, protagonizadas por clubes famosos : São Paulo e Fluminense.
O São Paulo abriu o escore contra o Bragantino, perdeu um incrível segundo gol com Ganso e aí sofreu o empate e sumiu em campo. O time parecia ter sido tragado pelo vento, ninguém se entendia, o ataque era inoperante, o meio de campo incerto e a defesa insegura. Em suma, um verdadeiro vexame que, se o Bragantino tivesse no ataque um jogador de grande qualidade, teria sido marcado por uma goleada histórica. Assim mesmo o time de Bragança, que tinha perdido o jogo de ida, disputado no campo neutro de Ribeirão Preto, por 2-1 se impôs por 3-1 e eliminou o São Paulo.
Em Maracanã, o vexame foi ainda mais clamoroso. O Fluminense tinha ido a Natal na semana passada e ganho por 3-0. Um resultado tal que ninguém, na posse de todas suas faculdades mentais, poderia pensar ser insuficiente para ter a classificação garantida. Mas em campo não foi isso que aconteceu, o modesto América do Rio Grande do Norte goleou o Fluminense por 5-2 e o eliminou da Copa do Brasil.
Foram dois vexames históricos, daqueles que dificilmente o torcedor consegue esquecer e que tornaram bem engraçada a disputa desta competição cujo vencedor ganha o passaporte para a Libertadores.
São Paulo e Fluminense: vexames históricos
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