Três clubes paulistas só conseguiram empatar neste fim de semana. Começou o São Paulo ficando no 1-1 com o Criciuma, em pleno Morumbi, no sábado. Domingo foi a vez do Palmeiras repetir esse mesmo escore enfrentando o Bahia em Pacaembu. E do Corinthians indo a Curitiba e empatando sem gols com o Coritiba.
Os três jogos tiveram, infelizmente, um denominador comum: um futebol medíocre, que não chegou a entusiasmar, mas sem que se possa, em função disso, condenar os jogadores ou os técnicos. Estes armam suas equipes com os elencos que lhes são postos à disposição pelos respectivos clubes. E os jogadores geralmente se empenham, lutam, correm, em suma fazem o possível para jogar bem. Mas falta-lhes o principal: qualidade. E qualidade não se inventa, nem com muito treino.
O que um bom técnico pode fazer é burilar um jogador, aperfeiçoar seus dotes, dar-lhe um bom condicionamento atlético e uma eficiente noção de tática. Mas é indispensável que o jogador tenha, de per si, jeito para jogar futebol. Sem o que é impossivel “criar” um jogador de ponta.
Assim os jogadores acabam protagonizando espetáculos decepcionantes, que não motivam os torcedores, a não ser os fanáticos, a voltarem aos estádios. E a comparação com o que estamos vendo nos Estados Unidos, onde, apenas para citarmos um exemplo, no sábado o amistoso entre Real Madrid e Manchester United reuniu mais de 100 mil pagantes, é por demais clamorosa para não justificar uma pausa de meditação. Temos que fazer algo, antes que seja tarde demais…