Ao renovar bastante o Logan, a Renault acertou em cheio, colocando-o num patamar bem competitivo, tanto no que diz respeito ao preço como no valor oferecido em contrapartida. Após ter andado, quando da apresentação, em todos os modelos, escolhemos o que entendemos ser um dos mais interessantes para usa-lo certo tempo aqui em São Paulo. Trata-se do Logan 1.6 Expression que, ao preço de R$ 40.590, se coloca numa faixa altamente disputada e o faz com válidos elementos de convencimento.
O carro, com seu motor 1.6 de 8 válvulas, tem potência adequada, sendo 98 cv se abastecido com gasolina ou 106 cv se for usado apenas etanol mas oferece, principalmente, um bom torque tanto que seu pico ocorre a apenas 2.850 rpm. Aí temos 14,5 mkgf (com gasolina) e 15,5 mkgf (com etanol) o que, aliado a um bom câmbio mecânico de 5 marchas, permite usufruir toda a elasticidade do motor, pois a curva de torque tem um andamento bastante plano.
A isso se soma a estabilidade que se espera de um tranquilo carro de turismo, freios de respostas e espaços de imobilização corretos e um diâmetro de giro reduzido, o que facilita sobremaneira as manobras. E quanto ao acabamento seria impossível pedir mais, se atentarmos à faixa de preço em que se coloca, ficando ainda a seu favor o amplo espaço do porta-malas e um espaço suplementar (que pode ser utilizado para guardar algo bem longe de olhares indiscretos) ao lado do estepe.
Em suma, com este Logan a Renault ganhou uma interessante arma para se fazer presente no mercado, sem qualquer lembrança daquele carro de 5.000 euro que um dia longínquo a Dacia (sua subsidiaria na Romenia) lançou para abastecer o mercado do oriente europeu.