O GP da Bélgica apresentou a merecida vitória do jovem australiano Ricciardo, que levou sua Red Bull ao triunfo, de forma amplamente merecida, embora tivesse largado apenas da terceira fila no grid. E, de quebra, colocou em discussão a posição do companheiro e tetra-campeão Vettel no seio da equipe, já que agora ele é o terceiro colocado no campeonato e mal se acomoda na eventual função de fiel escudeiro.
Se isto provoca um pequeno mal-estar na equipe Red Bull, pelo contrário é guerra aberta na Mercedes, onde os dois pilotos não mais se suportam. Em Spa Rosberg provocou um acidente, rasgando o pneu traseiro de Hamilton com o bico de seu carro e arruinando a corrida do rival, que acabou desistindo, perto do final do GP, para economizar o motor.
E se Rosberg, com o segundo lugar, conseguiu solidificar a liderança no mundial, agora com nada menos que 29 pontos de vantagem sobre Hamilton,por outro lado arruinou de vez qualquer possibilidade de uma convivência normal com o companheiro. Para a Mercedes a briga é amplamente negativa, e a cara de desagrado do chefão Toto Wolf na hora da batida foi por demais eloquente.
Quanto à corrida em si, apresentou lances sensacionais, com disputas em várias posições, até mesmo na volta final e pôs uma vez mais em destaque um outro jovem piloto, o finlandês Bottas, que, largando em sexto, levou sua Williams ao terceiro lugar do pódio. Bottas e Ricciardo, aliás, constituem as mais importantes – e amplamente positivas – novidades entre os pilotos da última geração, marcando uma transição que considero bastante positiva para o interesse da própria Fórmula 1.
O próximo GP será o da Itália, em Monza, no primeiro domingo de setembro, e deverá apresentar uma vez mais em destaque a Mercedes, com Red Bull e Williams como postulantes aos lugares seguintes, enquanto a Ferrari deverá ter ainda dificuldades.