A decisão da pole position para o GP da Hungria colocou a equipe Mercedes entre o Céu e o Inferno. Céu para o alemão Rosberg que, com extrema facilidade obteve a pole position, a ponto de, quando nos instantes finais foi superado por Vettel, dar mais uma volta e reconquistar a posição de honra com meio segundo de vantagem sobre o atual tetra-campeão mundial. Uma facilidade extrema, ratificando, como se isso ainda fosse necessário, a absoluta superioridade da Mercedes sobre todos os demais concorrentes.
No polo oposto, o Inferno para Hamilton, que tinha sido o mais veloz nos dois treinos de 6.a feira, tinha repetido a proeza no treino de sábado pela manhã, e se colocava como o grande favorito para obter uma vez mais a pole-position e dela partir para uma vitória consagradora. Ele que, à exemplo de Schumacher, tem quatro vitórias na Hungria e, com a quinta, passaria a ser o recordista absoluto deste circuito.
Mas a sorte não quis assim e a Mercedes de Hamilton pegou fogo ainda na fase inicial do treino, um incêndio no motor que, pela televisão, pode até ter sido plasticamente bonito, mas que arruinou toda chance que o inglês tinha para vencer e ficar mais perto de Rosberg na classificação do campeonato. A diferença entre ambos, com efeito, está em 14 pontos e neste GP da Hungria irá forçosamente aumentar, pois Rosberg deve vencer enquanto Hamilton, largando lá atrás, só pode pensar em tentar marcar alguns pontos para evitar que a vantagem de Rosberg se torne ainda maior. Neste ponto, para o pobre Hamilton, a única solução será uma peregrinação a Lourdes!
O GP, além disso, deve apresentar uma luta acirradíssima entre Vettel, Bottas e Ricciardo, e, quem sabe, ainda Alonso e Massa, para um lugar no pódio, o que garante que, em boa parte da corrida, tanto na frente, como no meio do pelotão e até atrás, teremos disputas muito interessantes. Sem esquecer que os pit-stops poderão, como às vezes acontece, mudar as cartas na mesa.
Enfim, valerá a pena seguir, a partir das 9 horas deste domingo, o GP da Hungria, último antes da tradicional pausa de agosto, já que o mundial só voltará perto do fim do mês, com o tradicional GP da Bélgica.