O jogo deste sábado, entre Brasil e Holanda, oferece à seleção de Scolari a chance de acabar dignamente uma Copa que tinha começado com o técnico e Parreira garantindo a vitória final. Uma posição, por sinal, tornada um pouco mais elástica, se assim se pode defini-la, com o passar dos dias, quando começaram a falar em chegar à final.
De qualquer forma, agora a situação está bem clara. O time, provavelmente desmotivado após a incrível goleada sofrida frente à Alemanha, tem a obrigação de se empenhar a fundo para encerrar a competição de forma mais positiva. Isto não significa que deva forçosamente vencer a Holanda, mas, pelo menos, apresentar um mínimo de jogo de conjunto, com uma defesa que se porte como tal. Uma defesa, é bom lembrar, que tem a dupla de zagueiros centrais mais cara do mundo, e que, pelo contrário, sempre pareceu perder-se quando não teve a cobertura de um homem de meio de campo.
Do outro lado estará uma Holanda, desgastada por duas horas de futebol aguerrido, e com um dia de descanso a menos. E com seu técnico Van Gaal dizendo, desde logo, que esta final para o 3º lugar, não tem sentido e seria muito melhor de fosse abolida do programa não só desta Copa mas de todas as futuras edições. Um técnico, por sinal, que parece ter perdido o controle do grupo e já está de malas prontas, sobretudo após ter imposto a escalação de um Van Persie em más condições físicas contra o desejo dos “senadores” Robben e Sneijder, que queriam Huntelaar. E ter recebido um sonoro “não” de dois titulares quando teve que escolher os cinco que bateriam os penais.
Em suma, temos em campo tudo o necessário para que o Brasil possa deixar uma impressão mais favorável… se não conseguir nem isso, então o desastre terá sido total…