O jogo de hoje à tarde frente à Colômbia se reveste de características decisivas, como, aliás, todos os das fases de eliminação direta mas, além disso, deve nos dizer se frente ao Chile a seleção chegou realmente ao fundo do poço, e, a partir daí, só pode melhorar. Eu acredito que será impossível jogar pior, sobretudo na esquematização defensiva onde o Brasil não se encontrou, ficou exposto aos ataques do adversário e só não disse adeus ao sonho de conquistar a Copa porque a trave impediu que o chute do chileno Pinilla, a poucos instantes do fim da partida, acabasse no fundo das redes.
Espera-se que Scolari tenha dado um jeito na forma de atuar da defesa, empurrado também pela necessidade de substituir o suspenso Luiz Gustavo, e tenha encontrado a solução para um ataque que não pode ficar escravo de uma boa finalização de Fred se este não for frequentemente alimentado com passes de boa qualidade. E não foi isso que se viu até hoje.
Em suma, o que eu espero é ver em campo um time tranquilo, psicologicamente bem resolvido e que possa se dedicar ao que sabe (ou, pelo menos, deveria saber): jogar futebol. O resto é conversa oca e sem sentido.
Do outro lado, por sinal, teremos uma seleção que foi numericamente melhor do que o Brasil nos 4 jogos até aqui disputados, não sofre nenhuma pressão psicológica, se for eliminada terá, assim mesmo, disputado uma ótima Copa. Sobretudo se lembrarmos que, pouco antes do mundial, perdeu seu mais renomado avante, aquele Falcao Garcia que, para os colombianos, tem o mesmo valor de Neymar. Aliás, já pensaram se o Brasil, mas mesmas condições, tivesse ficado órfão de Neymar?