Numa semifinal em que o respeito mútuo prevaleceu, trazendo como consequência uma férrea marcação no meio de campo e tentativas ofensivas sempre em inferioridade numérica, a conclusão em cobranças de penais, após 2 horas de futebol, foi o lógico epílogo. E foi uma cobrança de penais que nos reservou uma grande surpresa, pois o goleiro argentino Romero, que não conseguiu ser titular no modesto time italiano Sampdoria e foi então emprestado ao francês Monaco, onde também não brilhou, acabou como protagonista. Sobretudo na sua segunda defesa de um penal, bem cobrado pelo holandês Sneijder, e muito bem defendido por Romero, que abriu definitivamente caminho à classificação da Argentina para a grande final.
Num jogo em que, uma vez mais, a tão criticada defesa da Argentina não sofreu gol e apresentou em Mascherano, na minha visão o melhor homem do jogo, um valor extraordinário, o time de Messi visou o passaporte para ir domingo ao Maracanã. E exatamente Messi, que nesta Copa ainda não teve uma apresentação à altura de seu renome, terá então a derradeira chance de repetir o feito de Maradona em 1986, na Cidade do México, levando a sua seleção a um título que lhe falta desde então. Embora, por uma série de razões, a Alemanha seja, em minha opinião, a favorita para levar a Taça. Mas disso teremos ainda tempo de falar antes de domingo…