Argentina e Bélgica foram as duas derradeiras seleções a se classificarem para as quartas de final onde, por sinal, enfrentar-se-ão sábado num jogo que promete muitas emoções.
As mesmas emoções que ambas proporcionaram na 3ª feira, ao derrotarem Suíça e Estados Unidos, respectivamente, em jogos muito equilibrados e somente decididos na prorrogação. A Argentina, não obstante a sua grande torcida, teve enormes dificuldades em superar a robusta equipe da Suíça, com um gol no finzinho e levando ainda uma bola no poste, no segundo final de um jogo que, talvez, teria sido mais justamente decidido nos penais. Messi, muito bem marcado por Behrami, não foi tão decisivo como em outras oportunidades em sua carreira, embora tenha sido depois escolhido pela FIFA como o melhor do jogo…provavelmente se atendesse pelo nome de Joãozinho não teria tido o mesmo prêmio.
Mais tarde, a Bélgica esbarrou na excelente atuação do goleiro norte-americano Howard e, em parte, na falta de melhor pontaria de seus jogadores. Até que uma feliz substituição do técnico Wilmots, antes do inicío da prorrogação, trocando Origi por Lukaku, e dando assim ao ataque um importante ponto de referencia, além de colocar em campo um jogador fisicamente íntegro, permitiu à Bélgica romper o muro defensivo dos Estados Unidos. Mas aí foi a vez do técnico Klismann fazer substituição semelhante, tirando, no intervalo da prorrogação o exausto Bedoya e colocando em seu lugar Green que logo marcou um gol. E daí até o final tanto os Estados Unidos poderiam ter empatado (Jones perdeu um gol incrível, a 2 metros da linha), como a Bélgica poderia ter marcado (Lukaku, dois minutos depois, viu seu chute ser espetacularmente defendido por Howard) o terceiro.
Agora vamos esperar para ver o que acontece no choque entre Argentina e Bélgica onde, em minha opinião, o time de Messi parte com o prognóstico a seu favor. E, provavelmente, o ótimo goleiro belga Courtois, até agora invicto nos 21 jogos disputados por sua seleção (foram 15 vitórias e 6 empates, sofrendo apenas 10 gols e, em 12 desses jogos, não tendo sua meta vasada) vai perder esse recorde. Mas uma classificação da Bélgica não seria uma clamorosa surpresa…digamos seria apenas uma surpresa.