Encerrou-se, com as costumeiras declarações tanto dos escolhidos como dos representantes dos meios de comunicação, a novela relativa à direção da seleção brasileira. A absoluta maioria está de nariz torcido para Dunga, alguns críticos até colocando-se numa posição de absoluta oposição, seja o que for que o novo técnico vier a fazer, outros não sendo tão drásticos assim. Mas ficou claro que, para conseguir um mínimo de tranquilidade em seu trabalho, Dunga terá que obter bons resultados, único antídoto às críticas, já que contra números não há muitos argumentos.
A sua tarefa começa, ainda este ano, com três amistosos contra seleções do nosso continente, o mais interessante sendo o programado para a China quando o Brasil terá pela frente a Argentina. Um clássico que, em qualquer situação, vale pela rivalidade histórica entre os dois países e onde uma eventual derrota criará muita polêmica. E depois, antes do fim do ano, um quarto amistoso, este contra a Turquia, que não vai despertar muito interesse.
Enquanto isso, volta às telas da TV e aos estádios, estes infelizmente não tão cheios como ocorria na Copa do Mundo, o campeonato brasileiro das várias séries e a Copa do Brasil. O campeonato brasileiro que, no fundo, só interessa na série A, a série B tendo públicos extremamente reduzidos e as séries C e D passando praticamente despercebidas. Enquanto a Copa do Brasil ainda não “pegou”, mas quando chegar a seus jogos decisivos pode despertar o interesse popular, pelo menos nas torcidas dos times ainda envolvidos na disputa do título que, é bom lembrar, constitui um cobiçado caminho de acesso à Libertadores. Esta Libertadores, por sinal, que está sendo olimpicamente esnobada pelos principais meios de comunicação desde que todas as equipes brasileiras foram prematuramente eliminadas.