Um sábado marcado pelas surpresas foi o que tivemos nesta Copa do Mundo. A primeira, e clamorosíssima, foi a vitória de virada da Costa Rica, por todos indicada como a Cinderella do grupo, sobre o Uruguai. Uma vitória de virada, após um primeiro tempo em que o time de Forlán foi melhor, e uma segunda fase em que, muito superior fisicamente, a Costa Rica pôs o Uruguai em apuros. E se na fase inicial tinha aparecido com destaque o ótimo goleiro Navas, impedindo que o Uruguai marcasse um segundo e decisivo gol, no segundo tempo foi Campbell, bem ajudado por Ruiz e Bolaños, que infernizou a defesa contrária. Seu gol de empate, ludibriando na mesma jogada Gargano e Lugano, foi espetacular e seu passe para Ureña marcar o terceiro gol magistral.
Vale lembrar que este Campbell é um jogador que pertence ao inglês Arsenal, está atualmente emprestado ao grego Olympiakos, e certamente será chamado de volta pelo técnico Wenger para atuar no time londrino.
A outra surpresa, esta não clamorosa, foi a vitória da Itália sobre a Inglaterra, sobretudo pelo que antecedeu o confronto. Antes a contusão do lateral De Sciglio, que tirou do técnico Prandelli um bom titular e o obrigou a revolucionar a defesa, deslocando o veterano central Chiellini para a esquerda, posição que ele não ocupava desde os tempos em que apareceu, como um jovem promissor, nas fileiras do Livorno. E depois aquele que parecia ser o golpe de misericordia, con a contusão do goleiro Buffon fazendo logo lembrar o que aconteceu na Copa de 2010 e obrigando Prandelli a lançar o jovem Sirigu.
Em campo, contudo, a Itália surpreendeu, sob a batuta de um inacabável Pirlo esteve altura da Inglaterra, ainda na fase inicial botou na trave a bola que seria do 2-1. E no segundo tempo teve a volta do imprevisível (imprevisível no sentido que nunca se sabe se jogará bem ou mal) Balotelli ao gol, fixando um 2-1 que deu um alento de esperança mesmo aos mais pessimistas torcedores. Sobretudo pelo fato da vitória ter sido sobre a Inglaterra, o mais tradicional rival da Italia, algo assim como a Argentina para o Brasil.
Esses dois resultados tornaram o grupo totalmente imprevisível, a começar pela Costa Rica que agora pode razoavelmente pensar em dois empates (contra Itália e Inglaterra), ou até mesmo numa vitória, para somar os pontos necessários à classificação.
Num cassino, o croupier diria: Senhores, façam suas apostas…