A Holanda classificou-se para as quartas de final da Copa, ao derrotar por 2-1, de virada, o México. num, jogo de elevado nível técnico e extremamente interessante pelas alternâncias táticas utilizadas pelo técnico Van Gaal. O intenso calor (32º) e o elevado teor de humidade (70%) prejudicaram mais a Holanda que o México, mas, de qualquer forma, se o jogo tivesse sido disputado em condições normais, teria sido ainda mais interessante, embora o desfecho final não teria mudado. Aliás, provavelmente, a vitória da Holanda teria sido um pouco menos dificil e o público presente ao estádio de Fortaleza teria saído ainda mais satisfeito. De qualquer forma, estas são as exigências financeiras da Copa, que deve oferecer um espetáculo para a televisão da Europa em horários compatíveis. Pois um jogo às 21 horas, por exemplo, o que corresponde às 2 da madrugada no Velho Mundo, teria por lá índices de audiência incompatíveis com aquilo que são as exigências e a expectativa dos patrocinadores. O jogo, após um primeiro tempo em que o México esteve melhor mas a Holanda se viu negar pelo árbitro no finzinho um penal, pegou fogo na etapa complementar, quando Dos Santos marcou um golaço, com um belo chute de fora da área. Inferiorizada no marcador, a Holanda teve que ir para a frente, e aí apareceu em destaque seu comando técnico, com Van Gaal fazendo mil e uma mudanças táticas, até, aos 30′, tirar seu artilheiro Van Persie, que estava esgotado, e formar o ataque com dois alas abertos e dois centroavante, de técnica algo reduzida mas de grande potencia física. Pela direita esse ala era Robben, que foi o grande nome do jogo, junto com o goleiro mexicano Ochoa, e de seus pés se originaram as jogadas que levaram à virada da Holanda, com gols aos 43′ e 49′. O México, que se classificou no último minuto para esta Copa, encerra assim sua presença de forma brilhante e até certo ponto inesperada, enquanto a Holanda ratifica suas qualidades e suas pretensões de brilhar por estas bandas.
Mais tarde, num jogo também emocionante, embora de nível técnico mais baixo, Costa Rica e Grécia chegaram empatadas até a decisão por tiros da marca de penal. Um empate que, até bem perto dos 90 minutos regulamentares, via a Costa Rica, embora reduzida a dez homens pela expulsão de Duarte, segurar a vitória parcial por 1-0. Mas a Grécia conseguiu coroar sua blitz ofensiva com o gol do empate, o que levou os dois times para a prorrogação, onde, após um bom começo dos gregos, os dois times acusaram o desgaste físico. Chegou-se assim à decisão, e todos os jogadores (ao contrário do que fizeram no sábado brasileiros e chilenos) cobraram seus penais muito bem, até o excelente goleiro costarriquenho Navas conseguir defender um e dar assim a classificação à sua seleção.
Sábado então a Holanda, na condição de favorita, vai enfrentar, às 17 horas, a Costa Rica em Salvador…mais emoções à vista ?