França e Alemanha se classificaram para as quartas de final da Copa, onde terão, em Maracanã, o choque direto, apontando um semifinalista. Mas o fizeram de forma mais dificil do que se poderia prever, a França derrotando (2-0) a Nigéria e a Alemanha superando (2-1) a Argélia em jogos muito equilibrados em que as duas seleções africanas se portaram muito bem.
Na hora do almoço, a França teve pela frente a Nigéria, que na fase inicial esteve melhor que os franceses, cujo ataque foi anulado pela boa defesa argelina, a ponto de deixar a impressão que poderíamos estar às vésperas de uma clamorosa surpresa. Na etapa final, contudo, a França equilibrou o jogo, começou a exigir grandes defesas do goleiro Enyeama, e passou a dominar após os 17 minutos. Isso em consequência de uma modificação tática que o técnico gaulês Deschamps introduziu em sua equipe (uma mudança que, em minha opinião, deveria ter sido realizada já no intervalo), tirando Giroud e colocando, ao lado de Benzema, Griezmann. Com isso o ataque francês passou a funcionar corretamente (até então Benzema esteve quase avulso do jogo), a França mandou na partida e acabou marcando seus dois gols. O primeiro, por sinal, na única falha do goleiro Enyeama, autor, no restante do jogo, de inúmeras sensacionais defesas.
À tarde foi a vez da Alemanha ter problemas, no jogo frente à Argélia. Problemas, por sinal, mais sérios do que antes enfrentados pela França, já que os argelinos atuaram de igual para igual, a ponto dos dois goleiros terem sido os grandes protagonistas do encontro e serem razões determinantes do 0-0 que levou os dois times à prorrogação. Aí a Alemanha conseguiu marcar um gol, obrigou a Argelia a ir à frente com tudo e, em contragolpe, marcou um segundo. Quando parecia que a história do jogo tinha acabado aí, a Argélia conseguiu marcar um gol e nos segundos finais chegou a ameaçar com a possibilidade de um empate que levaria a decisão para os penais. A Alemanha, contudo, soube manter a tranquilidade e fechou o jogo em 2-1. Um jogo que exigiu muitíssimo de todos seus disputantes, tanto que foram numerosos os casos, sobretudo entre os argelinos, de câimbras.
Se, após a dificil vitória da França, eu achava que o time gaulês seria apenas um brilhante coadjuvante, mas nunca um protagonista deste Copa, depois de ter visto a Alemanha em ação mudei um pouco de ideia. E entendo que o jogo de quartas de final entre França e Alemanha será bem mais equilibrado do que esperava…