Encerrada a fase de grupos, a Copa observa um dia de descanso. E isto pode servir para algumas considerações em relação ao que foi visto até aqui.
Tecnicamente o nível desta Copa foi razoavelmente bom, com alguns jogos muito bons e outros nem tanto, o que não pode causar nenhuma surpresa, pois existe uma grande diferença entre as várias seleções. De qualquer forma não faltaram algumas surpresas, como a prematura eliminação da campeã Espanha, de quem se esperava muito mais, embora fosse evidente que seu elenco estava próximo do fim de uma era, como de fato aconteceu. Fica, aliás, a dúvida se o técnico Delbos que não esperou demais para promover alguns garotos da Sub 21, bicampeã da Europa, à equipe principal, no lugar de veteranos claramente no fim de sua carreira. Esta renovação, por sinal, ocorrerá agora, com vistas à Eurocopa de 2016.
Entre as decepções eu não coloco nem Inglaterra nem Itália e nem mesmo Portugal. A Inglaterra está num processo de renovação que ainda não deu frutos, mas era indispensável, enquanto a Itália ratificou a mediocridade da atual geração. Uma mediocridade evidenciada pela presença, como indiscutíveis titulares, de veteranos como Buffon e Pirlo, já que não despontaram, até agora, substitutos à altura, enquanto outros jogadores, como Balotelli, foram claramente super-avaliados. E o técnico Prandelli, que apostou neles, acabou tendo que pedir demissão. Quanto a Portugal, a presença do super-badalado Cristiano Ronaldo mostrou que o jogador está longe de suas melhores condições físicas (na final da Champions isso já fora evidente) e que o resto do elenco não está à sua altura.
Do lado positivo, encontramos seleções como Costa Rica, que tem um interessante mix de jovens e menos jovens, um México revigorado, após uma dificílima classificação na sua área geográfica, e um Chile que tem uma de suas melhores seleções das últimas décadas. E tivemos confirmações como Holanda, Alemanha e Argentina, um trio do qual ainda muito se espera na continuação da Copa.
Finalmente, vale uma palavra em relação às arbitragens. Tivemos problemas, como quase sempre ocorre, alguns resultados foram determinados por erros dos árbitros, e apareceram árbitros que aqui não deveriam estar. Mas, de uma forma geral, não foi o desastre que o início da Copa podia indicar… esperemos que esse desastre não ocorra agora, na fase de eliminação direta.