A Copa que começará amanhã, aqui em São Paulo, vai mostrar, para todas as seleções, a importância de ter jogadores muito bem preparados fisicamente. Às vezes será preferível escalar um jogador de recursos técnicos um pouco inferiores ao titular mas que se encontre em esplendorosa condição atlética, pois o clima e a humidade vão exigir muito neste sentido.
A Copa das Confederações, sobretudo para as seleções que aqui estiveram, se constituiu, neste sentido, num alerta que técnico algum deixou de considerar na hora de estabelecer a lista dos 23 convocados. Assim tivemos algumas ausências que tecnicamente seriam difíceis de explicar mas que, com a premissa do estado atlético, revelaram-se absolutamente lógicas. Entre os vários casos podem ser lembrados, como os primeiros que me vem à memória, o de dois atacantes, um alemão e outro italiano. O alemão é o centroavante Mario Gomez, que na última temporada se transferiu do Bayern para a Fiorentina e praticamente passou todo o tempo contundido, recuperando sua condição física somente nas últimas semanas, e que o técnico Löw deixou de lado.
O outro é o italiano Giuseppe Rossi, que se contundido em janeiro, quando era o artilheiro do campeonato, e só voltou a jogar recentemente. Embora se esforçando ao máximo para readquirir sua melhor condição atlética, não conseguiu convencer o técnico Prandelli, que inicialmente o incluiu na lista dos 30, mas depois, ao fazer a lista dos 23 que vieram ao Brasil, optou por corta-lo. O que, por sinal, provocou acirradíssimas polêmicas, já que os torcedores, de uma forma geral, entendiam ser impossível renunciar a um dos poucos craques que a Itália possui neste momento. Mas Prandelli, que ficou muito impressionado com o que viu na Copa das Confederações, sobretudo no jogo frente à Espanha, quando italianos e espanhóis acabaram o jogo se arrastando em campo, ficou fiel a seu pensamento e só trouxe jogadores que estivessem em ótima condição atlética.