A vitória do Brasil sobre Camarões, por sinal amplamente prevista, mostrou luzes e sombras quanto ao futuro do time. Luzes que se acendem de forma brilhante sobre Neymar, o fator de desequilíbrio do ataque brasileiro, e valem também, embora de forma menos clara, para o bom Luiz Gustavo, que é obrigado a cobrir toda a defesa, sem ter o apoio de ninguém (quando a seu lado atua Paulinho) e a Fernandinho, que representou, em minha opinião, uma feliz mudança.
Nas sombras, fica o desacerto tático da defesa, com o gol de Camarões representando um suicídio de toda a linha de zagueiros, desde o Daniel Alves até a dupla de centrais, com Thiago Luiz e David Luiz (atuando em linha, por incrível que pareça) , salvando-se apenas Marcelo, que não tomou parte na jogada. Este é um setor para o qual o técnico Scolari deve voltar suas atenções, e que talvez possa ser solucionado, embora parcialmente, com a prevista substituição de Paulinho por Fernandinho.
Enquanto isso, o grupo da morte, que eliminaria, nas previsões da véspera, um campeão mundial, vai mandar para casa dois. Assim, com a classificação antecipada da Costa Rica e eliminação, também antecipada, da Inglaterra, ficou aberta mais uma vaga. Seus indiciados são Italia e Uruguai, em minha opinião o retorno antecipado devendo “premiar” a Italia.