Após ter ficada esmaecida no sábado, quando as Williams de Massa e Bottas ocuparam a primeira fileira do grid de largada, as Mercedes de Rosberg e Hamilton fizeram a estrela de três pontas voltar a brilhar domingo, no renovado – e sempre bonito – circuito de Zeltweg. Um circuito agora de propriedade da Red Bull, que curiosamente sofreu nele uma das maiores derrotas dos últimos tempos, com Ricciardo apenas 8°, e assim mesmo por ter conseguido ultrapassar Hulkenberg na volta final, e o tetra-campeão Vettel, com problemas mecânicos, obrigado a desistir na 37.a volta. Alias pode-se dizer que Vettel está pagando, de uma só vez, nesta temporada, toda a sorte que teve nos 4 anos anteriores!
Para Massa, que liderou de forma brilhante até o primeiro pit-stop, fica a constatação que o erro do box lhe custou o terceiro lugar no pódio, já que, após a parada de seus diretos perseguidores, ele caiu do 1° para o 4° lugar, colocação, aliás, com que terminou o GP. O cronometro, com efeito, mostrou que a parada de Massa demorou 21″896 (com 3″3 para a troca dos pneus) enquanto a de Bottas, duas voltas depois, foi de 21″113 (com um sensacional 2″1 para a mesma troca de pneus). Claramente não houve nenhuma premeditação nisso, apenas o azar de um e a sorte de outro piloto.
Para Ferrari, apenas a terceira força deste GP, ficou como melhor resultado o 5° lugar de Alonso, muito mais mérito do piloto do que do carro, como bem mostra o modesto 10° lugar conseguido por seu companheiro Raikkonen. E a Force India mostrou ter alcançado um rendimento constante, com Perez, autor de um belo GP pois largou em 15° (foi penalizado em cinco posições por ter batido em Massa no GP anterior) e acabou em 6°, sendo ainda autor da volta mais rápida da corrida, na 59.a, quando, após ter andado até a 56.a volta com pneus macios, passou, no stint final, para os supermacios.
Agora, daqui a duas semanas, a F1 irá para Silverstone, no tradicionalíssimo GP da Grã Bretanha, onde, ao que tudo indica, a Mercedes deverá proporcionar outro espetáculo de ponta e a Red Bull poderá, naquelas curvas velozes, se refazer, graças à sua excelente aerodinâmica, do fracasso caseiro em Zeltzeg. E fica a grande curiosidade para saber se Zeltweg, onde a Williams se encontrou tão à vontade, foi só um episódio ou se a equipe realmente evoluiu, tornando-se uma rival para todas as demais, exceção feita à imbatível Mercedes.