O futebol nacional protagonizou um vexame internacional quando seu último representante na Libertadores, exatamente o campeão brasileiro (Cruzeiro) foi eliminado pelo campeão argentiPono (San Lorenzo). O time favorito do Papa ganhou em Buenos Aires e empatou em Belo Horizonte, embora tivesse atuado, a partir dos 31 minutos da fase complementar em inferioridade numérica, pela expulsão de seu veterano defensor Romagnoli. Mas não se pode restringir este vexame só ao Cruzeiro, que apenas foi o último a ser eliminado, pois o mesmo San Lorenzo alijara antes da Libertadores o Botafogo e sucessivamente o Gremio. E devemos lembrar os fracassos de outros times em que os torcedores brasileiros depositavam muitas esperanças, como o Flamengo e, sobretudo, o Atlético mineiro, detentor do titulo continental.
Este conjunto de resultados mostra, de forma clara, que atualmente os times brasileiros não são mais tão competitivos, em âmbito internacional, como ocorria no passado. E não se pode atribuir isso apenas à diáspora de nossos melhores jogadores para o exterior, pois outros países, como notadamente a Argentina, mas também o Uruguai, foram atingidos pelo mesmo problema. Problema que acabou modificando profundamente a hierarquia futebolística desta parte do continente e leva a Libertadores a semifinais que dificilmente poderiam ser imaginadas antes do início da competição.
Pode ser que, na Libertadores de 2015, este panorama venha a ser profundamente modificado mas, por ora, esta é a realidade, queiram ou não os torcedores mais apaixonados.