O time do Palmeiras, nesta fase inicial do campeonato brasileiro, tem mostrado duas coisas, ambas preocupantes. Uma diz respeito à grande dependência ofensiva da presença (e do bom momento) de Alan Kardec, que não tem substituto à altura no elenco e que, quando ausente, reduz , e muito, o que o time consegue realizar em termos de gols. O outro motivo de preocupação é a constatação de que o campeonato brasileiro oferece um nível de dificuldade superior ao do certame regional, onde o Palmeiras chegou brilhantemente à semifinal.
Assim sendo, sobretudo se tiver que renunciar a Alan Kardec, parece evidente que este elenco do Palmeiras terá que lutar para não ser envolvido na luta para fugir do rebaixamento, sendo-lhe vedado, a não ser para os demasiadamente otimistas, ter metas mais ambiciosas.
Tudo isto poderia ainda ser aceito, em nome de um saneamento de suas finanças, abaladas por maus negócios realizados nos últimos anos, se não ocorressem agora dois fatos importantes. São eles o centenário do clube, que requereria uma campanha brilhante do time de futebol, e a conclusão do novo estádio, que poderá alavancar a situação financeira e assim permitir maiores investimentos no elenco profissional e incrementar o trabalho desenvolvido nas equipes de base.
Enfim, o Palmeiras precisaria ter hoje aquilo que, numa previsão racional, somente a médio prazo vai conseguir.