Os três jogos de quartas de final do campeonato paulista apresentaram, em questão de poucas horas, dois resultados completamente diferentes. A partir das 19 horas o Santos, com a mística da Vila a seu favor e com um belo futebol, foi dominando uma Ponte Preta briosa e determinada, ms tecnicamente inferior. Até que Cícero (sempre ele !) resolveu o problema, marcando um gol, após cobrança de escanteio, coroando uns minutos de intensa pressão em que o bom goleiro Roberto teve que se desdobrar para impedir que o Santos passasse à frente. Mas, quando o time da casa fez 1-0, ficou claro que a parte mais dificil da tarefa estava feita. E na segunda fase, quando o natural cansaço fez a Ponte diminuir gradativamente seu ritmo, a diferença técnica foi se impondo .
Ai o Santos começou a marcar seus gols, alguns de excelente feitura técnica, como o passe de calcanhar de Leandro Damião para o segundo gol, marcado por Geuvânio, e logo permitiu ao técnico Oswaldo de Oliveira começar a fazer as três substituições a que tinha direito. E até o novato Diego Cardoso, após ter desperdiçado um gol por não ver um companheiro melhor colocado, foi servido por Cicero, que lhe mostrou o que fazer em situação semelhante, e marcou seu gol. E o Santos só não marcou pelo menos mais um porque não precisava.
Ao mesmo tempo, em Ribeirão Preto, Botafogo e Ituano ficavam num 0-0 que, no segundo tempo, foi marcado pelo medo de perder por parte de ambos os times. E a decisão por penais foi claramente favorável ao visitante, que arrancou assim sua classificação para as semifinais.
Mas a grande surpresa (e decepção para a torcida da casa) ficou para o Morumbi onde, a partir das 22 horas, o time da casa recebia um desacreditado Penapolense, que vinha numa série negativa de 5 derrotas e apenas um empate. Assim o bom técnico Narciso armou seu time para se defender e, quando fosse possível, sair em contragolpe.
Contra esse esquema de boa marcação, o São Paulo logo se perdeu, foi se enervando, demonstrando isso nas reclamações junto ao árbitro, e fechou o primeiro tempo sem gols. Na etapa decisiva, quando a torcida de quase 17 mil pessoas esperava algo diferente, o que se viu foi um Penapolense criando coragem e, vendo que poderia vencer, começando a se soltar e criar boas jogadas. Aliás só não chegou ao go por não querer arriscar um pouco mais, preferindo, a partir de determinado momento, apostar nos penais. E aí brilhou o goleiro Samuel, enquanto os cobradores fizeram eficientemente sua parte, proporcionando ao Penapolense um feito histórico, com a eliminação do São Paulo em pleno Morumbi.
Hoje à noite caberá a Palmeiras e Bragantino encerrarem esta fase de quartas de final e saber quem domingo enfrentará o Ituano. Visto o que aconteceu ontem, é bom o Palmeiras botar as barbas de molho…