O GP da Malásia trouxe poucas emoções e respeitou integralmente os prognósticos da véspera, que indicavam a Mercedes como franca favorita, a Red Bull como segunda força e a Ferrari como terceira. Desta feita Hamilton, que praticamente começou seu campeonato neste domingo, já que na Austrália foi logo alijado da luta por um problema mecânico, não tomou conhecimento dos adversários e ganhou de ponta a ponta, evidenciando uma clamorosa superioridade, até mesmo sobre seu companheiro de equipe Rosberg (que chegou 17″3 atrás do vencedor). O alemão, obtendo o segundo lugar, não apenas ratificou o dominio da Mercedes como solidificou sua liderança no mundial.
A Red Bull, que saiu definitivamente da crise técnica, obteve um brilhante terceiro lugar com Vettel, mas distanciado 24″5 de Hamilton, uma eternidade em termos de F1, e lamentou os problemas de Ricciardo. Problemas cuja culpa foi, ao menos em parte, do box, que num pit-stop fixou mal a roda dianteira esquerda de seu carro e assim provocou um notável atraso e até mesmo uma punição, com consequente “stop-and-go” do jovem australiano. Ricciardo, por sinal, que já tinha sido penalizado no GP da Austrália, após obter um brilhante 2º lugar, sempre por culpa da equipe e que leva por ora a palma de mais azarado deste campeonato.
A Ferrari ratificou, com o quarto lugar de Alonso, ser a terceira força do mundial, enquanto seu companheiro Raikkonen, que logo no começo teve seu pneu traseiro direito cortado pelo aerofófio da McLaren de Magnusson, não foi além de um modesto 12º lugar e não marcou pontos. Coisa que facilita bastante, neste momento, o posicionamento de Alonso como número 1 do time de Maranello.
Uma análise à parte cabe à Williams. Seus carros, que por um problema de projeto mostraram não andar bem na chuva, largaram atrás (Massa 13º e Bottas 18º) mas o pisto seco no domingo lhes permitiu uma boa corrida de recuperação, terminando em sétimo e oitavo lugares. Com direto a uma luta interna nas voltas derradeiras que certamente terá reflexos no clima interno da equipe, onde Bottas começa a querer discutir a posição de Massa como primeiro piloto. Obviamente, será o cronometro a decidir esta briga que se anuncia muito interessante.