A esperada convocação para o jogo do Brasil frente à África do Sul obedeceu à lógica e assim não trouxe nenhuma surpresa, embora falte ainda completá-la com alguns jogadores que atuam aqui, já que esta trouxe apenas os que atuam no exterior.
Existe grande curiosidade em ver como se sairá o goleiro Julio Cesar, que vem de longa quase inatividade no Queens Park Rangers e que agora, passando a defender o canadense Toronto, pelo menos estará jogando, se bem que num campeonato tecnicamente modesto. Pois ele é um dos titulares de quem Scolari não abre mão, já que se trata de uma posição em que a confiança é fundamental. E, ao lado dele, aparecem as figuras de Rafinha e Fernandinho, duas novidades certamente esperadas.
O lateral Rafinha, que era reserva no Bayern, ganhou a condição de titular após as modificações introduzidas por Guardiola no time e tem apresentado bons desempenhos. Assim testá-lo parece-me uma questão óbvia. Da mesma forma, o meio de campo Fernandinho tem sido um dos destaques do Manchester City, que vem fazendo boa campanha na atual temporada tanto no plano nacional como na Champions. E também estava merecendo uma chance, embora o meio de campo seja o setor que tem mais pretendentes, a ponto de Kaká ter sido deixado de fora.
Pelo resto, nada que já não estivesse nas manchetes e, assim sendo, resta saber quem Scolari vai chamar, entre os jogadores que ainda atuam aqui, e como vai escalar o time. Pois o amistoso frente à África do Sul não tem a menor importância quanto ao resultado, mas vale, e muito, para Scolari mostrar-nos como pretende mandar a campo uma seleção que não sei se definir “nossa” ou “dele”.
