A crise do Corinthians (após a quarta derrota seguida é lícito falar em crise) abriu um panorama inquietante, pois ninguém parece saber ao certo o que fazer. Os jogadores estão assustados, em campo muitos o demonstram com uma vontade de superação que impede um melhor raciocínio, o técnico tenta em vão modificar o esquema de jogo, mas até agora só conseguiu enfraquecer a defesa sem fortalecer o ataque, e os dirigentes, sem muita disponibilidade de caixa, não podem sair contratando aqueles nomes que poderiam não só tecnicamente resolver a situação como acalmar a torcida, já impaciente com a série de revezes.
Assim, o atual campeonato paulista, que em tese deveria servir para Mano Menezes conhecer melhor o elenco e fazer suas escolhas, transformou-se num pesadelo que muitos torcem para acabar o quanto antes. Mas o certame – importante ou não é outra questão – tem seu normal desenrolar pela frente e ainda vai colocar frente ao Corinthians numerosos desafios, de cuja eventual superação depende, em grande parte, melhorar o atual astral do clube.
O que fazer nesta altura para resolver a crise, no fundo ninguém ao certo sabe. A troca com o São Paulo, livrando-se de Pato que tinha se tornado uma figura incomoda e antipática para muitos torcedores, embora para isso o Corinthians tenha que pagar todo mês parte de seu elevado ordenado, e a chegada de Jadson, foram, em minha opinião, uma jogada de mestre. Pois, numa só tacada, o Corinthians livrou-se de um problema, que era manter Pato no banco, e tem agora, com Jadson, uma eventual solução para o meio de campo. Se o alvinegro resolver também o problema Emerson, então a paz poderá voltar ao clube, sobretudo se os resultados em campo forem mais satisfatórios do que vimos até aqui…