A Taça São Paulo de Futebol, uma inteligente iniciativa de Fabio Lazzari que visava dar aos jovens a possibilidade de aparecer perante o grande público e aos espectadores a chance de ver se, nas fileiras de seu clube do coração, existia alguma válida promessa para um futuro na equipe principal, foi sendo, ano a ano, deturpada. E hoje, décadas após seu surgimento, tornou-se uma Taça sem sentido, que reune mais de uma centena de clubes, muitos pertencentes a empresários que visam dar um cenário maior a seus produtos (leia-se jovens atletas que poderão depois ser vendidos). E que se choca com um certo desinteresse do público e dos meios de comunicação, mais interessados nos grandes jogos dos campeonatos europeus onde frequentemente atuam brasileiros de destaque.
Some-se a isso a próximo início do Campeonato Paulista, exatamente quando a Taça São Paulo poderia despertar algum interesse pela presença dos times melhores, para termos um cenário de horrores. Digno de um magnífico trabalho de um gênio de marketing que tivesse sido encarregado de acabar, de uma só vez, com as duas competições.
A solução, em minha opinião, é simples. Reduzir esta Taça a 32 participantes, começando então já com os 1/16 de final, e postergar o início do campeonato paulista, de forma a resguardar a data 25 de janeiro para a grande final da Taça. Tão simples que nunca vai ser adotada, pois bate de frente com interesses, claros alguns, algo escusos outros, de quem dirige nosso pobre futebol…